O empresário Marcel Costa Hernandes Colombo, conhecido como o ''Playboy da Mansão'', foi executado a mando de Jamil Name Filho, preso junto do pai, Jamil Name, acusados de liderar um grupo de extermínio. Ao menos é o que dizem o Gaeco e a Polícia Civil.
Marcel, que era empresário, foi morto com um tiro na cabeça, à queima roupa, em outubro de 2018, em barzinho na Fernando Correa da Costa, em Campo Grande.
Conforme consta no despacho do juiz Marcelo Ivo de Oliveira, da 7ª Vara Criminal de Campo Grande, que autorizou as prisões de 23 pessoas na Operação Omertà, o motivo do assassinato do empresário teria sido uma briga com Jamil Name Filho ''há alguns anos atrás''.
Ainda segundo o documento, depois do assassinato de Marcel, o guarda municipal Marcelo Rios foi quem confirmou a ''jamilzinho'' sobre a morte do empresário. A versão é corroborada por um antigo segurança de Jamil Filho, o ex-policial militar Paulo Roberto Teixeira Xavier.
Aliás, a investigação aponta que Paulo Roberto também teve a morte planejada pela família Name, mas o filho dele - Matheus Coutinho Xavier - é que foi morto - por engano.
A autorização para as prisões não cita quem foi o executor do crime de Playboy. Porém, um trecho diz que, dos vários núcleos que a o organização criminosa possuía, um era o de execução dos crimes. Ele era composto por Juanil Miranda Lima e José Moreira Freires que foram ‘’responsáveis em praticar os homicídios, mediante pagamento ou promessa de recompensa, por ordem dos líderes JAMIL NAME e/ou JAMIL NAME FILHO’’.
No mesmo despacho, Gaeco e Polícia Civil dizem ter farto material, entre áudio, vídeo, documentos e depoimentos que comprovam o envolvimento dos acusados nesse crime.
Foto: Reprodução SBT-MS
Má fama
Marcel já era conhecido da polícia e chegou a ser preso duas vezes. A primeira por desacato durante uma festa em uma mansão no Bairro Carandá Bosque. Foi nesse episódio que ele ficou mais exposto na mídia, já que debochou de um repórter de TV que o entrevistava, dizendo que o profissional estava trabalhando no feriado e ele já iria sair da cadeia, porque tinha dinheiro.
A última prisão aconteceu no dia 21 de dezembro de 2017, na Operação Harpócrates, desencadeada pela Polícia Federal com apoio da Receita Federal.
Segundo as investigações, Marcel trazia para o Brasil mercadorias ilegais de outros países e revendia em Campo Grande sem o pagamento de impostos.