Uma manifestação é realizada na frente do Fórum Heitor Medeiros da Comarca de Campo Grande, na manhã desta sexta-feira (29), por movimentos de mulheres, amigos e familiares da musicista Mayara Amara, morta a marteladas em um motel no dia 24 de julho de 2017.
O movimento pede justiça durante a realização do julgamento do baterista Luís Alberto Bastos Barbosa, suspeito de cometer o crime. A manifestação conta com faixas e cartazes, pedindo aumento de pena pelo crime de feminicídio. Autoridades como a deputada federal Rose Modesto (PSDB) e ex-vereadoras também aderiram ao protesto.
Representante do Movimento Mulheres Pela Democracia, Maria Albuquerque disse que conheceu Mayara três meses antes do crime e destaca que a vítima participava de movimentos voltados para a defesa das mulheres na sociedade.
Emocionada, a irmã de Mayara, Pauliane Amaral, disse que o julgamento deve representar todas as mulheres que foram vítimas de feminicídio. “Hoje é um dia emocionante, dia de justiça, que esse julgamento de hoje sirva para todas as mulheres que já foram assassinadas. De janeiro a março, nove mulheres foram vítimas de feminicídio em Mato Grosso do Sul. Fora outros crimes que não são caracterizados como feminicídio”.
A irmã da musicista afirma que a pena pelo crime de feminicídio, que prevê prisão de 12 a 30 anos, tem que aumentar. “O crime de latrocínio prevê mais anos do autor preso do que o feminicídio. Um objeto, às vezes, vale mais que uma vida. Tem que ter aumento de pena”, diz a irmã de Mayara.
De acordo com o TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), Luís vai a júri popular também pelos crimes de furto, ocultação e destruição de cadáver, com emprego de fogo.