Em seu depoimento na manhã desta terça-feira (4), a mãe de Natali Gabrieli da Silva de Souza, de 18 anos, frisou que a filha vivia um relacionamento conturbado e foi agredida várias vezes, sendo uma delas, enquanto ela estava grávida da filha, hoje com 1 ano e 4 meses.

A jovem foi mais uma vítima de feminicídio em Campo Grande, a 5° na cidade e a 11° em Mato Grosso do Sul nos primeiros seis meses do ano.

Natali foi assassinada com mais de 15 facadas na manhã do último sábado (1°), logo após ter uma discussão com seu marido. Antes de esfaqueá-la até a morte, Cleber Correa Gomez, de 30 anos, atingiu a vítima com uma garrafada na cabeça, provocando uma lesão na sua esposa.

Em trecho do documento, no qual o TopMídiaNews teve acesso, a mãe da jovem frisa que não teve conhecimento de qualquer ameaça de morte do rapaz contra a sua esposa, mas sabia do relacionamento conturbado e abusivo que sua filha vivia, chegando até dar conselhos na tentativa de salva-lá.

Natali, inclusive, foi questionada diversas vezes pela mãe sobre as lesões e hematomas que eram visíveis em seu corpo, mas ela nunca dava respostas concretas e sendo a última, um hematoma no braço, próximo ao ombro, dizendo que havia batido na pia da casa.

A mulher contou também no depoimento que tinha pouco contato com Cleber, pois toda vez que eles se encontravam na rua, o acusado abaixava a cabeça e não a cumprimentava.

O caso

Natali Gabrieli foi esfaqueada por mais de 15 vezes no início da manhã de sábado, após ter uma discussão com Cleber enquanto acontecia uma festa na residência do casal.

Antes de ser esfaqueada até a morte, ela foi atingida por uma garrafa na cabeça e saiu correndo pela rua Leopoldina de Queirós Maia, quando foi alcançada pelo assassino.

A Perícia Científica encontrou cacos de vidro e marcas de sangue na cozinha da residência. A Polícia Civil segue investigando o caso e deve ouvir outras pessoas antes de finalizar o inquérito.

Cleber tentou se esconder na casa da irmã após cometer o crime, mas foi encontrado por investigadores do GOI (Grupo de Operações e Investigações), onde foi preso em flagrante.