Morando há quatro meses com Cleber Correa Gomez, de 30 anos, em uma residência na rua Maria Del Horno Samper, no Parque do Lageado, em Campo Grande, a jovem Natali Gabrieli da Silva de Souza, de 18 anos, nunca convidou sua mãe para entrar no imóvel e que somente parentes do marido tinham acesso.

O relato consta no depoimento da mulher prestado na manhã desta terça-feira (4) na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), no qual o TopMídiaNews teve acesso.

Em trecho do seu depoimento, a mãe da jovem frisa que sempre foi recebida no portão pela filha, mas que nunca chegou a receber um convite para entrar na residência. Todas às vezes que visitou a jovem, mulher ficava apenas no portão e do lado de fora.

Outro ponto detalhado é que sempre ocorria festas na casa do casal. A mãe afirmou que essas festividades eram com bebida alcoólica e drogas, mas que sua filha apenas fazia uso do álcool, porém Cleber é quem bebia e usava entorpecentes.

A mãe não soube identificar o porquê da filha nunca a convida, mas explicou que "somente os parentes de Cleber podiam entrar na casa". O acusado é tido como controlador, ciumento e até violento.

A família está sendo assistida pelos advogados Katiussa do Prado Jara, Pablo Neves Chaves e Camila Garcia de Rezende.

5° feminicídio de Campo Grande

Natali Gabrieli foi esfaqueada por mais de 15 vezes no início da manhã de sábado, após ter uma discussão com Cleber enquanto acontecia uma festa na residência do casal.

Antes de ser esfaqueada até a morte, ela foi atingida por uma garrafa na cabeça e saiu correndo pela rua Leopoldina de Queirós Maia, quando foi alcançada pelo assassino.

A Perícia Científica encontrou cacos de vidro e marcas de sangue na cozinha da residência. A Polícia Civil segue investigando o caso e deve ouvir outras pessoas antes de finalizar o inquérito.

Cleber tentou se esconder na casa da irmã após cometer o crime, mas foi encontrado por investigadores do GOI (Grupo de Operações e Investigações), onde foi preso em flagrante.