Erica Camargo Amaral, 25 anos, tenta se recuperar da perda - inesperada e criminosa - do filho Juliano Honorato, dez anos, atropelado por um motorista bêbado, em plena na noite de Natal, em Rio Negro. O pequeno deixou as melhores lembranças possíveis no coração dela.
''Sou mãe de um filho que foi amado, cuidado e era ‘o sorriso mais lindo do mundo'', refletiu a mulher que ainda ‘junta os cacos’ após tudo que ocorreu. Ela relembra que o garoto era educado e cuidador, que amava o irmão [bebê] e ajudava cuidar dele.
''Sempre feliz, amoroso e obediente. Era bem cuidado e não ficava na rua'', garantiu Erica.
Mãe luta contra saudade da perda do filho (Foto: reprodução Facebook)
Dor
A mãe relatou com exclusividade ao TopMídiaNews que não estava no momento do acidente, mas foi ao local [casa do tio] e viu o filho entrar na ambulância.
''Mas depois do velório eu não consigo chegar naquele lugar e saber que meu filho não está mais lá'', lamentou Érica. Ela também lembrou que Juliano estava feliz brincando, porque fazia tempo que não ficava com os primos.
Mudança
A família pretende se mudar de Rio Negro para fugir das lembranças da pior dor do mundo.
''É difícil. Estou me mudando daquela cidade... não tenho psicológico para ficar lá'', revelou a mãe que tem outro filho, ainda bebê.
''Saber que a minha estrelinha não vai me chegar do treino falando: 'mãe, hoje eu fiz isso', vai ser difícil'', enfatizou Camargo.
Mãe não consegue voltar ao local da morte do Juliano (Reprodução Veja Folha)
Morte
Juliano Honorato foi atropelado, nesta quarta-feira (25), em Rio Negro. José Junior Maria Campos contou que esteve em uma confraternização e ingeriu bebida alcoólica. Ele estava em um Fiat Uno prata e conta que dirigia a 60 Km/h quando Honorato teria saído repentinamente de trás de um carro parado e de um ponto escuro da calçada.
No entanto, a família da vítima aponta que ele estaria em alta velocidade, farol apagado e muito embriagado.
Segundo o boletim de ocorrência, o condutor alegou que não houve tempo de frear e evitar o atropelamento. Policiais militares que atenderam a ocorrência perceberam que o motorista tinha hálito de álcool, assim como uma caixa de cerveja e latas abertas dentro do veículo.
Juliano foi socorrido por uma ambulância da Saúde local, mas morreu logo após ser hospitalizado. José Junior foi solto um dia depois, em audiência de custódia e nem fiança foi exigida dele.
O espaço está aberto para manifestação do envolvido ou da defesa dele.