O líder do tráfico de drogas na fronteira com Mato Grosso do Sul, Sérgio de Arruda Quintiliano Neto, o Minotauro foi condenado a 40 anos de prisão pela Justiça Federal.
A condenação é por chefiar organização criminosa, praticar corrupção ativa junto a autoridades paraguaias e por falsidade ideológica com base na emissão e utilização de documentos em nome de terceiros.
A sentença também condena a esposa de Minotauro, Maria Alciris Cabral Jara, a 20 anos de prisão pelos crimes de organização criminosa e corrupção ativa, e o piloto Emerson da Silva Lima a 8 anos por integrar a referida organização criminosa.
O esquema
A denúncia foi oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF) com base em informações retiradas de aparelhos celulares e notebook apreendidos com os réus. Ficou comprovada a existência de empresa criminosa com estrutura hierarquizada e extremamente organizada, inclusive com planilhas de pagamentos e transportes, relação de funcionários e bens.
Toda a receita advinha da atividade de tráfico internacional de drogas provenientes da Bolívia ou do Peru e distribuídas por inúmeros destinos, incluindo a Europa.
A organização também colhia informações privilegiadas junto a autoridades paraguaias por meio do pagamento sistematizado de propina. Minotauro chefiava todas as operações e tinha em Maria Alciris seu braço direito.
O condenado está preso na Penitenciária Federal de Brasília desde fevereiro de 2019. Já Maria Alciris está presa preventivamente na Penitenciária Feminina de Sant'Ana, em São Paulo.