A morte do adolescente Wesner Moreira da Silva, 17 anos, que morreu na Santa Casa de Campo Grande no dia 14 de fevereiro, após 11 dias internado depois de ter uma mangueira de ar compressor inserida no ânus, será julgado como homicídio doloso, ou seja, quando há intenção de matar, na 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande.
Conforme o Procurador-Geral de Justiça Paulo Cezar dos Passos, foi protocolado na tarde desta sexta-feira (17) no Tribunal de Justiça, a decisão que determina que o caso seja julgado pela 1° Vara como homicídio doloso. Havia um conflito de competências acerca do caso, já que não se sabia se ele seria tratado como lesão corporal de natureza grave ou homicídio. Caso fosse apenas lesão corporal, o crime seria julgado pela 7ª Vara Criminal Residual de Campo Grande.
(Procurador entende que caso deve ser julgado como homicídio doloso. Foto: Wesley Ortiz)
De acordo com o Procurador, as provas de que se trata de homicídio são bastantes claras e o depoimento que Wesner prestou pouco tempo antes de morrer foi fundamental para a decisão. "Ele disse em pré-morte que não foi uma brincadeira. Não se brinca com a vida humana", ressaltou.
Agora cabe ao juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida decidir se pedirá a prisão de Thiago Demarco Sena, 20 anos, e Willian Henrique Larrea, 30 anos, acusados do crime.