A polêmica envolvendo o semáforo existente no cruzamento da Avenida Salgado Filho com a rua Guia Lopes, local da morte de Matheus Frota da Rocha, de 27 anos, ganhou novos capítulos nesta semana em Campo Grande. A Justiça reiterou explicações da Energisa e da Agetran (Agência Municipal de Trânsito).
Com um prazo de cinco dias úteis, a concessionária de energia deverá responder se havia ou não energia elétrica no sinal semafórico em que houve a colisão, envolvendo o motociclista e o colombiano Carlos Hugo Naranjo Alvarez, 32 anos.
O mesmo ofício foi enviado para a Agetran, que necessitará responder algumas questões, principalmente se na data e na hora do grave acidente, o semáforo estava em pleno funcionamento. O tempo para resposta também é de cinco dias, apesar de outros dois ofícios já terem sido entregues anteriormente.
Os ofícios foram encaminhados e anexados ao processo no dia 18 de maio, última quarta-feira.
A defesa do colombiano pediu para ser realizada a perícia, já que houve a alegação de que os semáforos não estariam funcionando no momento do acidente, na madrugada do dia 28 de fevereiro deste ano.
A perícia foi realizada e o laudo foi anexado no processo e como resposta após o pedido de averiguação sobre o funcionamento do equipamento, a perícia constatou "da sinalização semafórica: a interseção em tela encontra-se regulada por sinalização semafórica que se encontrava normalmente operante no momento dos exames", diz trecho do documento.
A perícia ainda confirmou a existência de câmeras de segurança no local que poderão responder ao questionamento sobre o momento exato da colisão que vitimou o motociclista.
O colombiano deixou a prisão após pagar a fiança de R$ 20 mil, arbitrada no mês passado, por estar residindo de maneira fixa, tendo trabalho e renda mensal em Campo Grande.
Hugo foi preso no dia 28 de fevereiro e virou réu por homicídio com dolo eventual, quando assume o risco de matar.