A Justiça Federal em Ponta Porã (MS) aceitou a denúncia proposta pelo MPF (Ministério Público Federal) contra uma quadrilha integrada por 26 pessoas que agiam num esquema de contrabando de cigarros vindos do Paraguai, entre as quais policiais rodoviários federais e civis.
O grupo, que está preso, foi detido no dia 22 de setembro passado na Nepsis, operação da PF deflagrada em Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Paraná, São Paulo e no estado de Alagoas.
A denúncia foi concordada pela Justiça Federal, ontem, sexta-feira (30). O processo segue em segredo judicial.
No dia da operação, a PF, por meio da assessoria de imprensa, divulgou que a organização criminosa havia criado uma sofisticada rede de escoamento de cigarros contrabandeados do Paraguai pela fronteira com MS.
Segundo a PF, os implicados no caso criaram uma estrutura logística com características empresariais, com gerentes, batedores, olheiros e motoristas.
Ao todo, no dia da operação foram cumpridos 43 mandados de prisão, no entanto, o MPF, denunciou 26.
Também conforme a PF, presume-se que, em 2017, os integrantes do bando tenham sido responsáveis pelo encaminhamento de pelo menos 1,2 mil carretas carregadas com cigarros contrabandeados às regiões sudeste, centro-oeste e ainda nordeste do país.
Duzentos e oitenta policiais federais de diversos estados foram destacados pela PF para o cumprimento de 35 mandados de prisão preventiva, 8 mandados de prisão temporária, 12 suspensões de exercício de atividade policial e 43 mandados de busca e apreensão, nos cinco Estados.
Entre os capturados, além dos líderes e dos “gerentes” da Organizaçãda Organização Criminosa, encontram-se policiais da PRF, da Polícia Militar e da Polícia Civil do Estado do Mato Grosso do Sul.