A juíza federal Monique Marchioli Leite autorizou o bloqueio de bens em até R$ 100 milhões de cada um dos 44 alvos da Operação Máquinas de Lama, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (11). O objetivo é cobrir os prejuízos aos cofres públicos, que somados podem chegar a R$ 4,4 bilhões.
Entre os nomes já revelados pelos investigados está o ex-governador André Puccinelli (PMDB), o ex-secretário-adjunto de Fazenda, André Cance, e o empresário Mirched Jafar Junior. Também estão as empresas Gráfica Alvorada, JBS Eldorado, H2L Soluções e Digix, que antigamente tinha o nome DigithoBrasil e prestava serviços para o governo do Estado.
As informações são do delegado da Polícia Federal em Mato Grosso do Sul, Cléo Mazzoti. Segundo ele, a nova fase da Operação Lama Asfáltica identificou desvios de R$ 80 milhões em contratos com o Poder Público e R$ 22 milhões usados no pagamento de propinas para empresários, servidores públicos e políticos.
Somando com as fraudes de R$ 11 milhões e R$ 43 milhões identificadas nas outras fases da investigação, os desvios já somam mais de R$ 150 milhões. Os participantes do esquema realizavam superfaturamento de 20% sobre as obras e serviços, com a emissão de notas frias e aluguéis ‘fantasmas’ de máquinas.