O juiz Carlos Alberto Garcete de Oliveira, da 1ª Vara do Tribunal do Juri de Campo Grande, negou o pedido de prisão preventiva de Thiago Demarco Sena,26 e Willian Henrique Larrea,30, suspeitos de agredir o adolescente Wesner Moreira com um compressor de ar e causar a morte dele 11 dias depois.
A opção pela prisão dos dois foi tomada após a morte do adolescente, que passou quase duas semanas internado na Santa Casa. O responsável pela investigação, o delegado titular da DPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), Paulo Sérgio Lauretto, foi que pediu a prisão há dois dias.
Conforme o magistrado, a autoridade policial ''não trouxe uma fundamentação quanto a concreta necessidade da prisão preventiva dos envolvidos''.
Impasse
O Tribunal de Justiça de MS é quem vai decidir por qual crime os dois suspeitos de causar ferimentos que levaram a morte de Wesner Moreira, em uma lava jato de Campo Grande vão responder.
Conforme o TJ informou, na noite desta sexta-feira (17), houve um conflito de competências acerca do caso, já que não se sabe se o crime vai ser tratado como lesão corporal de natureza grave ou homicídio por dolo eventual.
Se for considerado homicídio por dolo eventual, o caso fica na 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande. Já se houver o entendimento de lesão corporal de natureza grave, a apuração será da 7ª Vara Criminal Residual de Campo Grande, juízo este que recebeu primeiramente o caso, já que o Ministério Público Estadual entendeu, em um primeiro momento, que se tratava de crime de lesão corporal.