O juiz titular da 1ª Vara do Tribunal de Júri de Campo Grande, Carlos Alberto Garcete de Almeida, recebeu, na manhã desta terça-feira (12), a denúncia ofertada pelo Ministério Público contra Pâmela Ortiz de Carvalho, 36 anos, acusada de matar Dirce Santoro Guimarães Lima, aposentada de 79 anos, com requintes de crueldade.
Com a denúncia, agora a acusada será processada pelo crime de homicídio doloso duplamente qualificado pelo motivo fútil e pelo meio cruel empregado, além do delito de ocultação de cadáver.
Gracete também desconsiderou o pedido de transferência de Pâmela, portanto, ela segue respondendo pelo crime presa no Presídio Feminino da Capital.
O crime
Dirce Santoro Guimarães Lima, 79 anos, foi brutalmente assassinada com requintes de crueldade pela suspeita, Pâmela Ortiz de Carvalho, 36 anos, que confessou ter batido a cabeça da idosa diversas vezes em um meio-fio. A mulher só parou quando o rosto da vítima já estava desfigurado. O crime aconteceu no dia 23 de fevereiro, no entanto, o corpo da idosa só foi encontrado no dia 25.
De acordo com a polícia, Dirce era baixa, franzina e, devido à avançada idade, não conseguiu se defender da suposta assassina, que é 42 anos mais jovem. A princípio, Pâmela negou ter cometido o crime, mas após ser ‘acuada’ pelos investigadores, ela confessou que matou a vítima por uma dívida que teria realizado escondido no cartão de crédito da idosa.
Motivação do crime
Com uma ficha criminal extensa, a suspeita carregava dez processos nas costas. Com perfil de sociopata, ela conheceu a vítima em meados do ano de 2018, ao se apresentar como motorista de aplicativo e oferecer uma carona em um posto de saúde.
“Não se pode confiar na forma como elas se conheceram, ela alega que foi em um posto de saúde, vizinhos apontam em um ponto de táxi, o que podemos afirmar é que ela não é motorista de aplicativo por ter a CNH inativa”, disse o Delano.
Se beneficiando dos cartões de crédito de Dirce, Pâmela não esperava que a idosa não fosse tão ingênua.
“Vizinhos relataram que a idosa havia descoberto os gastos e colocaria Pâmela contra a parede no dia do crime”, disse o delegado.
Além disto, Pâmela demonstrou insensibilidade ao analisar o perfil da senhora. “Percebendo que a idosa era sozinha, aposentada e pensionista, era exatamente o perfil que ela aplicava golpes”.