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Polícia

11/05/2017 14:30

JBS e Águas Guariroba pagaram R$ 15 milhões em troca de incentivos fiscais, diz PF

As propinas eram repassadas a políticos no valor correspondente a 20% do dinheiro economizado com os benefícios

As empresas JBS Eldorado e Águas Guariroba pagaram R$ 15 milhões para receber incentivos fiscais em Mato Grosso do Sul, segundo o delegado da Polícia Federal, Cléo Mazzoti. As propinas eram repassadas a políticos no valor correspondente a 20% do dinheiro economizado com os benefícios.

De acordo com o delegado, a JBS Eldorado chegou a pagar R$ 10 milhões em propinas durante o período de um ano e a Águas Guariroba R$ 5 milhões. O dinheiro era ‘legalizado’ através do aluguel de máquinas e compra de materiais fictícios na Gráfica Alvorada, do empresário Mirched Jafar Junior, que emitia as notas frias.

A Eldorado Celulose, com sede na cidade de Três Lagoas, já foi alvo da Operação Sépsis, desdobramento da Operação Lava Jato. Deflagrada em 1º de julho de 2016 pela Polícia Federal, a investigação apura irregularidades nos contratos firmados pela J&F Participações, holding que também é proprietária do frigorífico JBS.

Os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão no escritório da companhia, na Marginal Tietê, zona oeste paulistana. Segundo o site institucional da empresa, a Eldorado possui atuação global, sendo que “seu complexo industrial e áreas de plantio estão localizados no Mato Grosso do Sul e está operando em ritmo de 1,7 milhão de toneladas de celulose por ano”.

Máquinas de Lama

A juíza federal Monique Marchioli Leite autorizou o bloqueio de bens em até R$ 100 milhões de cada um dos 44 alvos da Operação Máquinas de Lama, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (11). O objetivo é cobrir os prejuízos aos cofres públicos, que somados podem chegar a R$ 4,4 bilhões.

A Operação reuniu 210 policiais federais em Campo Grande, Três Lagoas, Nioaque, Porto Murtinho, São Paulo e Curitiba. Também participaram servidores da CGU (Controladoria Geral da União) e da Receita Federal.  Ao todo, foram cumpridos três mandados de prisão preventiva, nove mandados de condução coercitiva e 32 mandados de busca e apreensão, além de sequestro de bens e valores.

Também estão sendo analisados desvios de recursos públicos por meio de direcionamento de licitações, superfaturamento de obras públicas, aquisição fictícia ou ilícita de produtos e corrupção de agentes públicos. Os recursos desviados passaram por processos de ocultação da origem, resultando na configuração do delito de lavagem de dinheiro.

De acordo com a PF a nova fase foi deflagrada após análise dos materiais apreendidos em fases anteriores, cotejados com fiscalizações, exames periciais e diligências investigativas, as quais “permitiram aprofundar o conhecimento nas práticas delituosas da Organização Criminosa”.

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