Indígenas de Amambai -cidade onde há 20 dias houve um conflito por demarcação de terra - acusam que o assassinato de Marcio Moreira, de 35 anos nessa quinta-feira (14), em uma construção da cidade foi por emboscada.
Márcio pertece a etnia Guarani Kaiowá e foi morto ontem de manhã por disparo de arma de fogo e arma branca, após pistoleiros invadirem uma casa em construção no Residencial Analy.
A indígena e líder dos Guarani Kaiowá, Valdelice Veron gravou vídeo no Twitter minutos após o assassinato e disse: "Terra Vida Justiça e Demarcação Pistoleiros atacando na emboscada agora neste momento mataram nosso Guerreiro Kaiowá Márcio Moreira agora".
Segundo as autoridades da cidade a 351 km de Campo Grande, a Polícia Civil abriu investigação sobre o caso.
Emboscada
Lideranças indígenas afirmam que Marcio e outro indígena foram chamados para fazerem um serviço na construção, e ao chegarem lá, havia outro homem que iniciou conversa e questionou se ambos faziam parte do movimento de retomada das terras Guapoy.
Houve discussão, e o suspeito passou a atirar nos indígenas. Um deles conseguiu fugir mesmo ferido a facadas. Ele pediu ajuda, mas quando o socorro chegou, Marcio já estava sem vida na construção.
O assassino fugiu.
Desde ontem, diversas lideranças indígenas e ativistas da causa indígenas postam vídeos e imagens do conflito em Amambai.
Valdelice Veron (@valdelice_veron) July 14, 2022