A delegada titular da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), Joilce Silveira Ramos, disse que João Gonçalves Silva, 39 anos, que matou a ex-mulher Luana Pricila de Oliveira, 26 anos, na madrugada deste sábado (11), já teria estuprado a filha da vítima, que tem apenas 7 anos de idade.
Segundo a delegada, em setembro do ano passado, Luana solicitou medidas protetivas contra João, mas acabou reatando o relacionamento com o mesmo, sem pedir revogação das medidas na polícia. No mês de março deste ano, ela teria descoberto que o suspeito estava praticando abuso sexual contra a criança na residência e acionou a polícia.
“Ela separou dele novamente, ele ameaçou ela no mesmo dia porque ela registrou ocorrência de estupro. Ela veio na delegacia comunicar a ameaça. Como ainda tinha medida protetiva, mesmo morando com ele, ela não revogou, em dois dias foi decretada prisão dele”, explica a delegada.
João não foi localizado pela polícia. Ele estava foragido. Na noite de ontem, ele foi procurá-la, ela aceitou, sentou com ele, conversou, subiu para quarto, manteve relação sexual consentida e infelizmente aconteceu isso”.
O caso
Luana Pricila de Oliveira, 26 anos, foi executada com quatro tiros dentro de um quarto em uma boate na Rua Olavo Bilac, na Vila Carvalho, em Campo Grande. O suspeito de cometer o crime, João Gonçalves Silva, 39 anos, seria ex-marido da vítima e não aceitava o fim do relacionamento.
Ele entrou na boate, conversou por alguns minutos com Luana e ambos subiram para um quarto. Os dois tiveram relação sexual e, após o ato, João sacou uma arma e disparou quatro vezes contra a jovem, que morreu no local. Em seguida, ele atirou contra a própria cabeça.
Pricila foi atingida na nuca, nádegas, braço e coxa. João tinha um ferimento do lado esquerdo da cabeça. No local, a Polícia Militar encontrou um revólver calibre 38. João ainda estava vivo quando a polícia chegou no local, mas morreu enquanto era encaminhado para a Santa Casa.