O boliviano Nelson Alberto Mosciaro Weber, de 43 anos, foi morto com quatro tiros quando seguia em uma ambulância da cidade de Puerto Suárez com destino à Corumbá, a 425 km de Campo Grande. O crime aconteceu por volta das 22h de sábado (23), enquanto ele era transportado com urgência após sofrer esfaqueamento nas costas e tórax.
Assim que o veículo do Hospital San Juan de Diós atravessou a fronteira e parou próximo a um pedágio desativado, em frente à sede da Polícia Rodoviária Federal da rodovia Ramão Gomes, outro veículo se aproximou. Dele, desceu homem que abriu as portas da viatura, identificou Weber e disparou os tiros contra ele.
Conforme o portal Clave 300 e o Diário Corumbaense, mãe, filha e irmã da vítima presenciaram o ataque, assim como médico plantonista. Ninguém se feriu, mas o boliviano morreu na hora após levar os tiros na cabeça e braços.
Motorista da ambulância, Silvio Montero contou ao jornal boliviano como tudo ocorreu. “Passamos o pedágio brasileiro e fomos parados. Do carro, desceu um homem magro e abriu a porta direita da ambulância, fez o reconhecimento da vítima, disparou quatro tiros contra o paciente e em seguida fugiu", declarou Silvio.
“Depois de todo o acontecido, decidi voltar para o Hospital San Juan de Diós. Fizemos o retorno e entramos novamente na Bolívia, para acionar as autoridades sobre o fato acontecido a caminho de Corumbá”, completou o motorista.
Como o próprio motorista relatou, a Polícia brasileira não foi acionada. Neste domingo (24), ainda de acordo com o Clave 300, o ministro de Governo, Carlos Romero, disse que o crime provavelmente está ligado ao narcotráfico. "Esse tipo de crime na fronteira tem ligação com o narcotráfico e pode tratar-se de vingança".
O ministro ainda afirmou que o País tem boa relação com a Polícia Federal do Brasil e que vai pedir apoio para capturar o atirador, que agiu com a ajuda de outros comparsas.