Gerente de uma loja que foi invadida por bandidos, na noite de ontem (17), no bairro Cohab, em Campo Grande, relata o terror que viveu ao lado das colegas de trabalho, de duas clientes e da proprietária do estabelecimento. Segundo ela, a ação durou quatro minutos e um dos criminosos estava bem agressivo. 

“Fiquei com muito medo. Eles chegaram bem calmos, entrou um primeiro, depois o comparsa. O que foi no caixa mostrou a arma, veio para nosso lado, mandou todo mundo abaixar, eu fui para o canto, fiquei nervosa, quase desmaiei. Eles foram no caixa direto, depois a menina falou onde estava o dinheiro porque ficamos com muito medo. Um ficou no caixa e o outro foi para provador, onde estavam duas clientes, uma vendedora e a proprietária. Tinha uma menina aqui nas roupas masculinas, eles levaram para atrás. O bandido que ficou no provador com o restante do pessoal estava bem nervoso, agressivo”, diz a gerente. 

“Foi quatro minutos que pareciam uma eternidade, os quatro minutos mais demorados da minha vida. As clientes também ficaram bem abaladas e foi um susto terrível”, diz. 

Um dos bandidos pegou a mochila de uma funcionária e selecionou as mercadorias mais caras da loja. “Levaram camisetas da Maresia, imaginamos que eles sabiam onde estavam as coisas, levaram bastantes camisas polo, bonés da marca Maresia, relógios masculinos, levaram todos os relógios mais caros. Colares levaram tudo, não estavam nervosos, o que estava lá atrás estava. O da frente não”, contou a mulher. 

Pedido por mais segurança

Sobre a segurança na região, a gerente afirma que os comerciantes temem novas ações de bandidos e afirma que o policiamento se concentra mais na praça central.  

“O policiamento é mais na praça, focam mais na praça. Ontem vieram rápido na loja, deram todo suporte, mas acho que o foco está no lugar errado, deveriam cuidar mais nosso lado, nos sentimos impotentes, temos muito medo. Semana passada assaltaram o mercado no domingo de manhã, chamaram até o nome do gerente, parece tudo arquitetado, deveríamos ser mais visados pela polícia. Agora voltou as aulas, rua fica bem movimentada. Mesmo assim, as pessoas não percebem a ação criminosa porque eles fingem que estão comprando normal, saíram normal da loja, calmos”, relata a vítima. 

“Estou tremendo até agora, estou com medo. Vejo pessoas na rua e já vem aquela cena. Os prejuízos maiores foram com mercadorias e a nossa paz, que é algo impagável”, finaliza a gerente.