O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) de Campo Grande cumpre três mandados de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira (19), no bairro Vilas Boas, em Campo Grande.
A operação Propagare visa apurar ilícitos de corrupção, crimes licitatórios e organização criminosa envolvendo contratos e serviços de publicidade.
Segundo o Ministério Público do Estado de Rondônia, onde a operação teve origem, equipes do Gaeco de Rondônia, do Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e São Paulo trabalham na investigação que é desdobramento das Operações Termópilas (2011) e Plateias (2014).
Os crimes de corrupção investigados são entorno de contratos e licitações de serviços de publicidade, promovidas pelo estado de Rondônia, especificamente pela Superintendência de Gestão dos Gastos Públicos Administrativos.
Ainda segundo nota do MPRO, até o cumprimento das medidas cautelares, constatou-se estrutura criminosa, envolvendo servidores públicos, diversas empresas do ramo de publicidade e agentes políticos, os quais praticaram ilícitos de corrupção, crimes licitatórios e organização criminosa a fim de direcionar licitações para contratação de serviços de publicidade e propaganda.
As contratações tiveram início no ano de 2011, sendo os contratos aditivados ao longo do tempo. Os envolvidos direcionavam as licitações de publicidade para beneficiar a empresa investigada, que superfaturava e subcontratava outras empresas pertencentes a familiares.
Os prejuízos causados à Administração Pública somam mais de R$ 120.000.000,00 (cento e vinte milhões de reais), nos últimos anos.
Nome da operação
Quanto ao nome dado à operação, “Propagare” vem do latim e significa propaganda e/ou aquilo que se propaga. Nesse contexto, remete aos fatos investigados por esta operação, onde se constatou a propagação de atos de corrupção, desvio de dinheiro público e organização criminosa advindos da contratação de serviços de publicidade na esfera estadual.