O policial militar Paulo Roberto Teixeira, pai do universitário Matheus Xavier, de 20 anos, que foi assassinado a tiros de fuzil no mês passado, está revoltado com a morte do filho. Clamando por Justiça, Paulo diz não saber quem pode ser o autor do crime.
“Foram sete tiros na cabeça do menino, isso é um absurdo! Estamos todos sofrendo muito. Ele deixou a mãe e os irmãos de 14 e sete anos. Estudava em escola pública, agora estava cursando Direito e morreu assim, de maneira tão covarde. Peço que Deus toque no coração do assassino, porque eu não sei o que fiz, mas se fiz algo pra alguém, eu peço perdão”, disse o PM.
Paulo, outros familiares e amigos de Matheus participaram, na manhã desta quinta-feira (9), da missa de um mês da morte do estudante. Usando camisetas brancas com a foto do rapaz, colegas do jovem pediram justiça no caso, que segue sem ser solucionado.
A jovem Camila Lagos lembrou dos bons momentos que passou ao lado do colega de classe e ressaltou a falta que o rapaz faz em sua vida.
“Fizemos trabalhos juntos. Ele estava no terceiro semestre de Direito e sonhava em ser advogado. Queremos Justiça e também que o assassino seja preso, pois, na cadeia, ele vai ter bastante tempo para refletir no que fez”, disse Camila.
O também amigo e xará do rapaz, Matheus Trindade, disse que os colegas não querem vingança e sim justiça. “Não vamos apontar o dedo para ninguém, estudamos leis e queremos que elas sejam colocadas em prática. Ele só estava tirando o carro do pai da garagem e foi assassinado”, lamentou.
Crime
Matheus foi fuzilado enquanto estava na caminhonete do pai, uma S-10 de cor branca. O fato aconteceu na noite do dia 9 de abril deste ano. O policial militar ainda tentou levar o filho para a Santa Casa, mas o rapaz não resistiu aos ferimentos e acabou morrendo.
Passado criminoso
Paulo Xavier já foi preso duas vezes, sendo uma por envolvimento na máfia da Jogatina. Ele entrou para a PM em 1994. A operação que o prendeu - a Las Vegas - da PM e PF ocorreu em 2009.