Um homem foi morto por um policial militar na manhã desta segunda-feira (17) em Montes Claros, Minas Gerais, quando estava prestes a esfaquear a ex-namorada, de 32 anos. Além dela, o homem também mantinha reféns a mãe da mulher, de 56 anos, e a filha, de 10 anos, na casa da vítima, no bairro Cândida Câmara.
Segundo informações da Polícia Militar, inconformado com o fim do relacionamento, o homem, de 28 anos, pulou o muro da casa da ex-namorada e a prendeu junto da mãe na sala. A filha da vítima conseguiu se trancar em um quarto e acabou sendo resgatada pelo Corpo de Bombeiros por uma janela.
A mãe da ex-namorada chegou a ser agredida com um soco no rosto. Após os militares chegarem ao local e iniciarem uma conversa para que as reféns fossem libertadas, o homem autorizou a saída da mulher de 56 anos do cômodo. Então, com a porta da sala aberta, os militares continuaram as negociações para que ele libertasse também a ex-namorada. Ela já havia sido esfaqueada por ele no pescoço.
"Durante a negociação, que durou em torno de 30 minutos, os militares conseguiram que ele libertasse a ex-sogra e a criança também foi resgatada pela janela do quarto em que estava trancada. Após isso, continuamos a negociação para que ele saísse de cima da vítima, porque ela estava rendida deitada no sofá e ele estava sentado em cima dela. Mas mesmo depois que ele se levantou, permaneceu muito próximo a ela com a faca. Em dado momento ele voltou a se sentar sobre ela e fez o movimento de golpe com a faca. Nesta hora o policial foi obrigado a agir e atirou", contou o tenente Ricardo Pardin, do 10° Batalhão de Polícia Militar de Montes Claros.
Ele foi baleado três vezes e foi atingido no tronco, no braço e na cabeça. Após isso, o médico do Samu, que estava de prontidão, confirmou a morte. A mulher, que teve um ferimento no pescoço por causa da facada, e a mãe dela, que ficou ferida no rosto e no lábio por causa da agressão, ambas foram levadas para o Hospital Santa Casa. A mais velha já foi liberada da unidade, mas a filha dela permece internada. O estado de saúde dela é estável.
Por causa da ação, o policial que efetuou os disparos deverá se apresentar à Polícia Judiciária Militar, como é praxe nestes casos. Ainda segundo Pardin, o homem que foi baleado era foragido da Justiça, pois constava em seu nome um mandado de prisão em aberto pelo crime de estupro de vulnerável. Em 2013, ele foi condenado a 10 anos de prisão na comarca de Francisco Sá por estuprar uma menina de 12 anos na cidade de Capitão Enéas.