Os filhos de Patrícia Benites, de 31 anos, morta asfixiada pelo próprio irmão, Antônio Benites, de 38 anos, podem ajudar a polícia a confrontar a versão do acusado de feminicídio ocorrido na madrugada de sexta-feira (27), no bairro Tiradentes, em Campo Grande.
A delegada Elaine Benicasa, titular da Deam (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher), acompanhada da delegada Ana Luiza Noriler, responsável pelo inquérito, afirmou que o acusado disse que os sobrinhos não teriam presenciado o crime naquele dia.
Essa versão, no entanto, pode ser confrontada, pois as crianças passarão por um depoimento especial para contar o que viram naquele dia e assim, colaborar com as investigações.
No dia seguinte em que foi noticiado a morte da mulher, uma irmã da vítima relatou ao TopMídiaNews, que o filho mais velho de Patrícia, de 6 anos, teria dito que Antonio teria matado a mãe deles.
No interrogatório, o suspeito contou que discutiu com a irmã, mas que não se lembra do motivo da briga. Em certo momento, Patrícia teria avançado contra ele, quando o acusado aplicou um golpe mata-leão na mulher. A vítima desmaiou, mas, algum tempo depois, ele percebeu que ela não recobrava a consciência, quando notou que a irmã havia morrido.
Fuga e captura
Após ouvirem de uma das crianças que 'Ninho', como era conhecido, teria matado a mulher, os familiares revistaram a casa em busca da mulher e a encontraram nos fundos do terreno, enrolado em um lençol.
Aproveitando do desespero dos familiares, Antonio fugiu e conseguiu cortar a tornozeleira eletrônica que estava com ele, com o intuito de não ser rastreado pela polícia.
Porém, ele foi encontrado no domingo (29), andando às margens da BR-163, no anel viário de Campo Grande, por um policial que estava deixando o plantão e o reconheceu.
O acusado ainda passará por audiência de custódia.