Duas pessoas de uma mesma família foram vítimas do ataque na tarde desta terça-feira na Catedral de Campinas. Sidnei Victor Monteiro, de 39 anos, é filho de Jandira Monteiro, de 65, uma das quatro sobreviventes do ataque. A mãe está em estado de observação no hospital municipal Mario Gatti.
Segundo um primo da vítima, mãe e filho são de Hortolândia, estavam em Campinas para uma consulta com um dentista e resolveram passar na igreja para fazer uma oração.
— Ele (Victor) morreu ao tentar protegê-la (a mãe) — disse o parente.
Em entrevista ao jornal O Globo por telefone, Thiago, de 19 anos, neto de Jandira e sobrinho de Sidinei, disse que falou com a avó por WhatsApp momentos antes do ataque. Emocionado e chorando muito, quase não conseguia falar.
— Ela queria saber do meu joelho, que está machucado. Perguntou se fui ao médico e se peguei atestado — disse Thiago.
Thiago afirma que o tio era um sujeito bastante querido pela família e amigos. Segundo ele, Sidnei era funcionário da Universidade de Campinas (Unicamp), casado e tinha um enteado. Segundo Thiago, a avó sempre ia à Catedral Metropolitana de Campinas quando passava em consulta com o dentista. Ele diz ter reconhecido Jandira e Sidnei no vídeo do atentado: ambos estavam na mesma fileira, logo atrás do atirador.
Thiago disse ter recebido a notícia da tragédia pelo pai. A primeira informação que teve era de que o tio estava desaparecido. Só depois soube que havia morrido no atentado.
— Eu não acredito, eu não acredito. Meu tio não... — disse ele.
Jandira, de acordo com o hospital, chegou ao hospital com ferimento causado por arma de fogo no tórax, estilhaço na mão direita e fratura na clavícula e inda aguarda a avaliação de um ortopedista. Segundo o SAMU, quatro vítimas foram atendidas com vida após o atentado. Duas foram encaminhadas para o Hospital Municipal Mario Gatti.
A outra vítima no hospital Mário Gatti é Heleno Severo Alves, de 84 anos. Ele está na UTI.