Luccas Abagge, 29 anos, foi preso na noite deste sábado (18), na avenida Tiradentes, região central de Ponta Porã, a 346 quilômetros de Campo Grande, quando tentava entrar no Brasil com documentos falsos em nome de Evandro Oliveira Ribeiro.
Segundo o site Ric Mais, ele é filho de Beatriz Abagge, que respondeu processo judicial pela morte do menino Evandro Ramos Caetano, em Guaratuba, no litoral do Paraná, na década de 90.
Segundo informações da Polícia Militar, ele estava em um veículo Celta, com os faróis apagados, o que chamou a atenção dos policiais, que pararam o carro e pediram a identificação dele e por coincidência, ele entregou um documento falso com o nome de Evandro.
Após a abordagem, os policiais chegaram à conclusão que o documento era falso, conseguiram descobrir o nome original e constataram também que ele tinha mandados de prisão em aberto.
Logo os policiais perceberam que a identidade era falsa, pois as características não batiam com as de Luccas. Então detectaram o verdadeiro nome dele e constataram que o rapaz tinha mandados de prisão em aberto. Descoberto, Luccas ficou muito nervoso e agressivo.
Ainda de acordo com as informações, Luccas estava na companhia de sua esposa, que segundo ela, disse aos policiais que não sabia o nome verdadeiro dele. Disse que o conhecia por Evandro e muito menos sabia que era um condenado da Justiça.
Ainda de acordo com o site Ric Mais, Luccas já é condenado por dois homicídios ocorridos no Paraná. O primeiro deles foi o assassinato do adolescente Matheus de Godoy Bueno, na época com 16 anos. O crime ocorreu em 2015 na Alameda Doutor Carlos de Carvalho, no bairro Batel, em Curitiba. Houve uma discussão generalizada no local. Mas 15 minutos depois que a confusão tinha acalmado, Luccas voltou armado e atirou na multidão. Matou Matheus e feriu outro adolescente, que sobreviveu. Por este crime, Luccas foi condenado, em julho de 2019, a 32 anos de prisão.
O criminoso foi preso um mês depois, mas fugiu logo em seguida da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Piraquara, na região metropolitana de Curitiba, presídio onde ficam trancafiados bandidos tidos como muito perigosos.
Depois que fugiu da cadeia, Luccas cometeu outro homicídio. Ele matou Erivelton Júlio de Carvalho, em julho de 2016, na Rua Cruz Machado, no Centro de Curitiba. Depois do crime, Luccas fez uma fuga “cinematográfica”. Roubou um táxi e outros três veículos e causou diversos acidentes. Por este crime, ele foi julgado em janeiro de 2019 e foi condenado a 54 anos de cadeia.
Luccas ainda tem passagem pela polícia por váriosoutros crimes: porte ilegal de arma de fogo, receptação, sequestro relâmpago, roubo, ameaça, homicídio e adquirir, fornecer e vender droga. Em 2013, ele chegou a ser preso por sequestro relâmpago.
Beatriz Abagge
O site Ric informou também, que mãe de Luccas, Beatriz Abagge, respondeu processo na Justiça pelo assassinato do menino Evandro Ramos Caetano, em 1992 em Guaratuba, no litoral do Paraná. Investigações da época apontaram que Beatriz e sua mãe, Celina Abagge, eram as mandantes do crime, um ritual de magia negra que necessitava de uma criança. Outros envolvidos no crime foram julgados também. No caso de Beatriz e Celina, houve dois júris. O primeiro foio júri mais longo da história do judiciário paranaense, durou cerca de 30 dias.
Mas o júri foi anulado e novo julgamento aconteceu. Mas, neste caso, só Beatriz respondeu ao crime, pois Celina já estava idosa e, pela idade e pela legislação vigente, o crime “caducou”.