Um caderno contendo várias frases de descontentamento, como brigas e frases tristes, foi apreendido pela Polícia Civil na casa de Heloisa da Silva Antunes, 11 anos, que teria usado a arma de fogo do pai para atirar contra a própria cabeça. O fato aconteceu na noite do último domingo (17), em Mundo Novo, município distante aproximadamente 450 quilômetros de Campo Grande.
Conforme a delegada Allana Mariele Mazaro Zarelli, que investiga o caso, na residência da família, os investigadores apreenderam o aparelho celular, computadores e o caderno da menina.
“Ainda vamos investigar para confirmar se a letra realmente era de Heloísa. O material foi apreendido, mas ainda estamos trabalhando. Pedimos a quebra de sigilo para poder ter acesso ao celular e ao computador da menina”, adiantou a delegada.
Valorização da vida
O suicídio representa uma parcela expressiva do número de óbitos registrados no Brasil e no mundo e, neste contexto, é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um problema de saúde pública. Para prevenir estas situações, existe o Centro de Valorização da Vida (CVV).
Fundado em São Paulo, em 1962, o CVV é uma associação civil sem fins lucrativos, filantrópica, reconhecida como de Utilidade Pública Federal, desde 1973. Presta serviço voluntário e gratuito de apoio emocional e prevenção do suicídio para todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo e anonimato.
Os contatos com o CVV são feitos pelos telefones 188 (24h e sem custo de ligação) ou 141 (nos estados da Bahia, Maranhão, Pará e Paraná), pessoalmente (nos 89 postos de atendimento) ou pelo site www.cvv.org.br, por do meio chat e-mail. Nestes canais, são realizados mais de 2 milhões de atendimentos anuais, por aproximadamente 2.400 voluntários, localizados em 19 estados mais o Distrito Federal.