Familiares e amigos de crianças da escola Adair de Oliveira, no Bairro Piratininga, estão revoltados e postando nas redes sociais a foto de um professor suspeito de estuprar crianças pelo menos sete crianças e adolescentes, e reclamação é que apesar de várias denúncias, nada é feito para prender o autor.
Segundo a denúncia de uma tia e da mãe de um dos meninos, que tem apenas 12 anos, a vítima é conhecida pelo professor desde criança, e quando ficou maiorzinho começou a trabalhar com o autor na venda de roupas e utensílios domésticos.
“Ele ganhou a confiança da família e depois praticou o abuso. O último aconteceu em fevereiro, registramos ocorrência em março e nada. Não acontece nada, ele continua andando como se nada tivesse acontecido”, reclama a mãe de uma das vítimas.
Nas redes sociais, a foto do homem apontado como autor é distribuída por familiares de um dos meninos. “Ele está impune, desfila pelo bairro como se ele fosse a vítima e já que ninguém faz nada vou contribuir mostrando a imagem dele”, acusa uma tia de um dos meninos divulgando a foto de Antonio Martins dos Reis Segundo.
A postagem já recebeu centena de compartilhamentos e o perigo maior é a justiça com as próprias mãos. “Se não acontece a justiça, temos que fazer”, diz um parente de outra vítima. Ninguém é identificado para não constranger as crianças que teriam sido abusadas, porém a redação teve acesso ao boletim de ocorrência lavrado contra o professor.
Amigos se dividem
A reportagem também conversou com um amigo do professor apontado como autor. “O conheço desde que dava aulas em outra escola e o considero uma grande pessoa, mas as acusações são graves e fortes”, lamenta o homem que pediu para que a situação fosse averiguada.
“O medo é que seja feita uma injustiça como já vimos alguns casos, se ele deve, tem que pagar, mas entendo o lado das vítimas e familiares”, pondera.
Nos compartilhamentos a incitação do ódio é grande contra o homem. “Tem que matar” e “tem que castrar” são as frases mais escritas. A redação tentou contato com a DPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), mas até o fechamento desta matéria não foi possível obter informações sobre o caso, que por envolver menores, corre em sigilo.