A tia da adolescente abusada sexualmente pelo padrasto no Jardim Seminário, em Campo Grande, no último domingo (12), revelou que a vítima também sofria agressões do acusado enquanto convivia com o suspeito na residência.
Em contato com a reportagem, na tarde desta quarta-feira (15), a familiar explicou que a vítima era agredida para acontecer o abuso sexual, ou seja, a conjunção carnal, confirmada pelos exames médicos.
Durante essa semana, familiares fizeram diversas publicações para que alguém possa dar alguma informação sobre o real paradeiro do homem, oferecendo até R$ 3 mil de recompensa. Mas até o momento, nenhuma notícia concreta e a suspeita é que ele tenha deixado a cidade.
A tia também relatou que a sobrinha por algumas vezes aparecia roxa e com alguns hematomas. O pai da criança procurou a delegacia para registrar situações de maus-tratos e familiar teme que a adolescente possa virar mais um 'caso Sophia'.
A familiar aponta haver testemunhas que notaram os 'machucados' na adolescente durante um período.
A revolta da família é principalmente com a demora da Polícia Civil em pedir a prisão preventiva do suspeito, alegando que é necessário aguardar o laudo da perícia.
O caso
A madrasta de uma menina de 12 anos procurou a delegacia, na manhã desta segunda-feira (13), para denunciar o padrasto da criança por estupro de vulnerável depois que a vítima contou ser abusada desde os 8 anos, em Campo Grande.
Conforme o boletim de ocorrência, a menor contou à mulher que havia sido abusada na noite anterior e que esses atos já vinham ocorrendo há 4 anos.
A madrasta passou o endereço do padrasto, no Jardim Seminário, para esclarecimentos. Na residência, a mãe da vítima ficou sabendo do caso e disse que o marido não estava, pois teria ido jogar sinuca.
Ela ligou para o marido solicitando que ele voltasse para casa, mas, quando o suspeito percebeu a movimentação de policiais, fugiu e não atendeu mais as ligações.
Abalada, a mãe foi para a casa da avó da menina e a criança ficou sob os cuidados da madrasta. O caso será investigado pela Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente).