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Polícia

30/07/2018 17:10

Família de assassino de musicista não autoriza defesa a pedir liberdade provisória de jovem

Pais de Luis Alberto Bastos tomaram a decisão em respeito a dor da família de Mayara Amaral

Em respeito à família de Mayara Amaral, os pais de Luís Alberto Bastos, 29 anos, que matou musicista a marteladas no dia 25 de julho do ano passado, não autorizaram que a defesa tente na Justiça a liberdade provisória para que o réu aguarde o julgamento em liberdade. 

Segundo o advogado Conrado Passos, o pedido partiu do pai, mãe e irmão de Luís, que em solidariedade a dor que a família da vítima está passando, desejam que o jovem permaneça preso. ''Luís ficou ansioso com a decisão, mas não se opôs ao pedido da família, mesmo sabendo que eu teria condições de colocá-lo em liberdade. Ele acredita na Justiça", explicou.

Na tarde desta segunda-feira (30), foram ouvidas na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande pelo juiz Aloizio Pereira dos Santos, mais três testemunhas de acusação e três de defesa. Entre eles policiais civis que atenderam a ocorrência, a funcionária do motel onde ocorreu o crime, a mãe, a ex-namorada e um amigo de Luís.

Em depoimento, a funcionária motel voltou a afirmar que não desconfiou que havia acontecido um crime no local. ''Na saída eu questionei onde estava a parceira dele, e ele disse que ela havia ido embora com o pai porque estava com hemorragia", disse. 

Em juízo, a ex-namorada de Luís, com quem o réu manteve um relacionamento por sete anos, afirmou que ele era uma pessoa calma, que a tratava com respeito e muito bem. ''Costumava dizer para as minhas amigas que ele era um cavalheiro", relatou.

Ainda segundo o depoimento da jovem, ela encontrou Luís no dia 24 de julho, antes dele encontrar Mayara. Ele buscou a então namorada no serviço, foram ao supermercado e depois para casa. Segundo o depoimento, Luís estava bastante 'inquieto' naquele dia.

A jovem também ressaltou que o martelo que foi utilizado para matar Mayara sempre estava na mochila do ex-namorado. Luís usava o objeto para quebrar gelo para fazer tereré, que costumava tomar diariamente no Parque das Nações Indígenas, durante intervalo do trabalho.

No próximo dia 7, Luís passará por um exame de sanidade mental, solicitada pela defesa. No dia 16 de julho, mais uma testemunha de defesa e o réu serão ouvidos.

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