O ex-vereador por Campo Grande, Luis Antônio Ojeda, se recupera bem das complicações que teve após ser espancado por um adolescente, na madrugada de 10 de outubro de 2016 e ficar em coma por 45 dias.  A família diz que tudo será esclarecido e acredita que Ojeda tenha sido vítima de sequestro-relâmpago. 

Quem fala sobre a nova rotina de Ojeda é o filho único dele, Luis Henrique Ojeda, 27. Ele conta que o pai está '100%' e dentro de seis meses voltará a ter uma vida normal. 

''Ele está fazendo fisioterapia, pois ficou muito tempo parado em coma e a musculatura reduziu. Então é preciso fisioterapia para fortalecer'', contou Henrique. O filho de Ojeda, que é empresário, também celebrou o fato do pai não depender mais de sonda para se alimentar. 

Ojeda, conforme relato do filho, consegue falar normalmente. Em uma foto publicada no Facebook, Ojeda aparece sorrindo e faz sinal de positivo. Na legenda, Henrique escreveu: 

''Esse é meu guerreiro! Nunca desistiu, me mostrou como ser forte e vencer tudo na vida! Sua recuperação é minha vitória". Ainda conforme Luis Henrique o pai, que também já foi presidente do Esporte Clube Comercial, conversa normalmente e já não tem restrições alimentares. 

Investigação

Sobre o caso, o filho disse que não conversa muito com o pai, pois quer aguardar ele recuperar a saúde plenamente. Até agora, Ojeda teria contado apenas que foi pego em casa. 

Em relação ao depoimento dado à polícia pelo suspeito, um menor de 15 anos,   Luis Henrique diz que a fala do garoto não tem qualquer credibilidade. ''Ele é pirado, não fala nada com nada'', conta. Luis disse que a recomendação da polícia é aguardar até que o ex-vereador tenha condições de depor. 

O caso

Ojeda foi encontrado bastante ferido, principalmente no rosto, na madrugada do dia 10 de outubro do ano passado, em uma rua do Bairro Cidade Jardim. Ele estava caído, inconsciente ao lado do carro dele. No dia seguinte, a Polícia Militar apreendeu um suspeito no Bairro Tiradentes que confessou o crime. 

O adolescente contou à polícia que caminhava pela Avenida Afonso Pena, quando foi abordado por Ojeda, que lhe ofereceu uma carona. Já dentro do carro, no Bairro Cidade Jardim, o menor diz que combinou um programa sexual a R$ 20 e praticou sexo com a vítima, na condição de ativo. Porém,  ele confessa ter ficado irritado ao receber a proposta de ter relação, dessa vez de forma passiva. 

O suspeito contou à época que discutiu com Ojeda e, fora do carro, deu uma gravata no ex-vereador onde o agrediu com pedradas e chutes. Em seguida, ele deixou o local, mas retornou  horas depois junto do irmão para roubar os pertences da vítima, além do estepe do carro.