A Polícia Civil de São Paulo ouviu dois ex-sócios do ganhador da Mega-Sena, Jonas Lucas Alves Dias, que morreu após ser torturado e encontrado em uma estrada de Hortolândia-SP.
Conforme o Metrópoles, essa é mais uma etapa da investigação, sobre a morte do ganhador de R$ 47,1 milhões na Mega-Sena,
A delegada Juliana Ricci, disse em coletiva de imprensa na tarde de quinta-feira (15), que a vítima chegou a ser encaminhado a um hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
De acordo com a delegada, que atua na Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Piracicaba, o prêmio da loteria foi a motivação do crime. Juliana explicou que, após ganhar do dinheiro, Jonas abriu uma empresa com dois sócios. Em março, ele saiu da sociedade. A polícia ouviu os empresários para entender como era a rotina da vítima.
“Quando ele ganhou na Mega-Sena, eles teriam constituído essa empresa. Ele e mais dois amigos. Mas desde o início do ano, mas especificamente março, ele já não estaria mais trabalhando na empresa. Ele não tinha filhos, não tinha esposa. É uma pessoa que o núcleo familiar dele é feito por amigos. Por isso ouvimos os sócios, para que trouxessem quais eram as relações da vítima”, explicou a delegada.
Bandidos sabiam da rotina da vítima
De acordo com a investigadora, os criminosos conheciam a rotina da vítima e as condições financeiras do vencedor da Mega-Sena. No entanto, ainda não é possível afirmar se o crime foi praticado por uma quadrilha organizada.
“Não foi uma coisa casual. A gente trabalha com essa linha de não ter sido uma situação casual. Sabiam quem era ele, sabiam a rotina dele e sabiam que ele tinha uma condição financeira muito privilegiada. Agora, falar que foi uma quadrilha, não posso falar”, concluiu.
O caso
Familiares de Jonas informaram que o homem saiu para caminhar na terça-feira (13) e não voltou. De acordo com a delegada, ele teria ficado cerca de 20 horas sob o poder dos criminosos.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo, Jonas foi encontrado na alça da Rodovia SO 348, na altura do Jardim São Pedro, com ferimentos.
O caso foi registrado como extorsão seguida de morte e é investigado pela Delegacia de Hortolândia, com apoio do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) de Piracicaba.
Jonas teve R$ 20 mil roubados da conta e o cartão de débito levado pelos suspeitos. Os criminosos também teriam tentado sacar R$ 3 milhões da conta bancária de Jonas, sem sucesso.