Os delegados Alexandre Amaral Evangelista e Marcio Shiro Obara esclareceram hoje (20) que o homicídio da esteticista Jeniffer Nayara Gilhermete de Moraes, 22 anos, foi motivado por ciúmes. Ela foi encontrada morta na última sexta-feira (15), próximo a uma cachoeira na MS-080, saída para a cidade de Rochedo.
Segundo a polícia, Jenniffer foi resolver um desentendimento com Gabriela Nunes Santos, 22 anos, e acabou entrando dentro de um veículo com destino à casa de uma pessoa chamada Jacqueline para despistar a vítima. Dentro do carro estava uma adolescente de 16 anos e Emilly Karoline Leite, de 19 anos. Em 2014, Gabriela e Emilly agrediram uma mulher e rasparam a cabeça da vítima.
O delegado Alexandre Evangelista, da 2ª Delegacia da Polícia Civil, disse que Gabriela é apontada como suspeita de ter cometido o crime e está foragida. "Foi feita acareação com a adolescente e Jeniffer. E houve contradição. A Jeniffer fala que não desceu do carro quando chegaram na cachoeira e que não presenciou o crime. Foi decretada a prisão temporária durante 30 dias para esclarecer os fatos. O motivo do crime foi devido a Gabriela suspeitar que Jennifer estaria tendo algum caso com o marido dela, chamado Alisson. A família da Gabriela confirmou em depoimentos que a relação foi há mais de quatro anos. Ela namorou Alisson há mais de quatro anos quando os dois eram solteiros".
Emilly Karoline Leite, de 19 anos, disse que quando estavam seguindo para a cachoeira, na MS-080, Gabriela mostrou a arma de fogo que estava debaixo do banco do veículo. "A Gabriela era muito ignorante e fiquei com receio de perguntar quando avistei a arma. Ela chegou lá em casa e disse 'vamos ali dar uma volta, bem rapidão'. Eu não conhecia a Jeniffer. No carro elas falavam muito pouco".
Foto:Landerson Ricardo
No caminho da MS-080, Gabriela perguntou para Jeniffer o possível romance com o marido Alisson. "A adolescente disse que a Gabriela ficou perguntando do romance e a vítima disse que não tinha relacionamento algum e explicou que namorou o rapaz há muito anos. E que era passado", disse o delegado Alexandre.
Gabriela está foragida e tem uma tatuagem da folha de maconha no seio. Foto: Landerson Ricardo
Emilly decidiu dar mais detalhes durante a coletiva de imprensa, na DGPC (Delegacia Geral da Polícia Civil). "Quando chegamos à cachoeira, a Gabriela pegou a arma de fogo e desceu com a Jennifer. A adolescente seguiu as duas. Fiquei no carro sozinha. A Gabriela disse que iria resolver um problema bem rapidinho. Escutei somente dois tiros. Elas voltaram quietas. Não fiquei perguntando da Jeniffer. Não vi quem empurrou a vítima na cachoeira e quem matou a vítima. A Gabriela desceu do carro com a arma".
A mãe de Gabriela também prestou esclarecimentos à polícia . "Ela disse que a filha confessou que atirou na vítima e está foragida. A mãe acredita que Gabriela fugiu para o Rio de Janeiro, Acre, São Paulo ou Bahia. Entramos em contato com a polícia desses lugares. Na casa dela foram encontradas cápsulas da arma de fogo".
Emily está presa e a adolescente foi apreendida por participação no crime.