A investigação envolvendo a morte do agiota José Roberto de Souza, de 50 anos, assassinado e queimado em maio deste ano, na região do Portal Caiobá, em Campo Grande, está caminhando conforme as peças se apresentam para a polícia.
Mesmo encontrando algumas dificuldades para avançar em determinadas linhas de atuação, o delegado João Reis Belo, titular da 6° Delegacia de Polícia Civil, e responsável pelo caso, mantém cautela e aponta que a investigação está 'dando trabalho'.
As dificuldades citadas pelo delegado é referente ao local do crime ser considerado um local ermo, de difícil acesso e sem câmeras de segurança e testemunhas que pudessem ter flagrado a ação do autor ou autores.
João Reis explicou ao TopMídiaNews que existem suspeitos, mas que ainda é tudo muito cedo para apontar para apenas um, pois ainda é preciso avaliar algumas informações e nesse caso, ele prefere manter em sigilo para não prejudicar a investigação.
Após um mês da morte, o delegado espera ter novidades nos próximos dias e avançar ainda mais na investigação para concluir o inquérito futuramente.
Agiota não sofria ameaças
José Roberto não tinha problemas pessoais e tampouco vinha recebendo ameaças de possíveis 'clientes', como a Polícia Civil já havia informado.
Por ter um tratamento considerado mais simples e menos contundente como em outras ocasiões de cobradores, a vítima não tinha inimizades e era uma pessoa tranquila. Todas essas informações foram repassadas por familiares ouvidos na delegacia.
O delegado afirmou que ele usava métodos menos radicais e "não era uma pessoa violenta", tanto que a esposa da vítima, em depoimento, relatou que já presenciou o marido negociando uma dívida e entendendo a situação.
As equipes da delegacia seguem apurando e fazendo levantamentos, tentando resgatar os últimos passos e até conversas com outras pessoas para conseguir entender a motivação de sua morte.