O guarda municipal, Valtenir Pereira da Silva, 35 anos, disse em depoimento que enterrou a arma de fogo em um terreno baldio, do Jardim Aero Rancho, após o assassinato da ex-namorada Maxelline Santos, de 28 anos.
A arma de fogo estava em um saco plástico e foi encontrada pela Polícia Civil e entregue na Deam (Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher), onde o guarda prestou depoimento nesta sexta-feira (6).
De acordo com a delegada Suely Araújo, a versão do acusado possui lacunas e ele aparenta arrependimento pelos crimes. No depoimento, ele disse que não tinha a intenção de matar, e que estava armado porque possui o porte e não teria como deixar a arma de fogo em casa, pelo risco de roubo.
A delegada afirmou que na versão dele, o casal morava junto há sete meses e estavam vivendo em união estável, mas a separação ocorrida, no dia 17 de fevereiro, culminou com o registro de ocorrência e pedido de medida protetiva.
Fuga
Após ter matado Maxelline e Steferson, que é marido da amiga, o guarda permaneceu a primeira noite perambulando nas ruas da cidade com o veículo. Ele disse que, nos outros dias, ficou em estacionamentos de hospitais (Hospital Regional) e supermercados, dormindo no carro. Ele nega que tenha ficado na casa de parentes, talvez para não comprometê-los.
Em praticamente todo o depoimento, Valtenir afirma que eles tentavam reconciliação, e que Maxelline manteve o relacionamento mesmo após a medida protetiva. Segundo ele, a professora manteve em segredo, e não contou para a família e amigos que eles, tentanvam se reconciliar.
Valternir deve responder por feminicidio, homicídio doloso e tentativa de homicídio. O depoimento foi gravado e escrito, o guarda vai para o Centro de Triagem, de Campo Grande, onde deve permanecer preso.