Karolina Camargo da Silva, de 37 anos, passou por audiência de custódia na manhã desta quarta-feira (20) e continuará presa preventivamente. Ela é acusada de assassinar seu padrasto Salomão Raimundo de Souza, de 65 anos, com golpes de faca em uma residência no bairro Morada do Sol, na noite desta segunda-feira (18).

O Ministério Público entendeu que havia necessidade de mantê-la presa em virtude das circunstâncias ser de um crime de natureza grave "e que envolve várias circunstâncias, várias complexidades que, pelas próprias variantes, são determinantes, inclusive para a materialidade deste ou daquele crime".

O pedido também se refere a uma investigação mais aprofundada dos fatos e que, neste momento, não seria viável uma concessão de medidas mais brandas para a acusada. A Justiça de Mato Grosso do Sul acatou o pedido e manteve a prisão da suspeita.

As circunstâncias citadas pelo Ministério Público são referentes às acusações de Karolina sobre ter sido agredida no dia do crime e estuprada pelo padrasto em outras ocasiões. Ela afirmou para a polícia que era obrigada a ter relações sexuais com o homem para ter onde morar.

A suspeita disse que Raimundo estava tomando banho e negou entregar a chave da porteira da casa. Irritada, ela foi até o banheiro e começou a discutir com o padrasto. A mulher disse aos policiais que foi agredida com um rodo, então se apossou de uma faca e acertou o padrasto, que caiu morto.

O caso segue sob investigação da Polícia Civil como homicídio simples.