O enfermeiro Jodimar Ximenes Gomes, 48 anos, acusado de ter feito o aborto que causou a morte da estudante de direito Marielly Barbosa Rodrigues, 19 anos, em 2011, está em liberdade mesmo sete anos após o crime. O acusado teve a prisão preventiva decretada, no entanto cumpriu apenas oito meses na prisão, sendo liberado para aguardar a sentença em liberdade, em abril de 2012
Segundo informações do processo, Jodimar tem bons antecedentes e por isso a liberdade foi concedida, sendo necessário se apresentar todo mês em juízo na comarca de Bodoquena. O enfermeiro teve o pedido de habeas corpus concedido por Marcelo Ivo de Oliveira, juiz da comarcar de Sidrolândia. Na época em que foi solto, Jodimar chegou a afirmar que iria retomar a profissão de cabelereiro e seguir sua vida.
O Caso
A estudante de Direito desapareceu em Campo Grande no dia 21 de maio de 2011. O corpo da jovem foi encontrado em Sidrolândia no dia 11 de junho. A equipe da Polícia Civil descobriu, durante as investigações, que a estudante morreu em decorrência de aborto malsucedido.
O cunhado de Marielly, Hugleice da Silva, e o enfermeiro foram presos, suspeitos de envolvimento na morte da jovem. De acordo com a Polícia, Hugleice teria combinado pagamento de R$ 1 mil ao enfermeiro pelo aborto e a levou até a casa dele. Cerca de uma hora depois, Jodimar avisou que o aborto teria dado errado e que a jovem havia morrido.
Os dois então colocaram o corpo na caminhonete de Hugleice e o esconderam em um canavial. O cunhado da vítima também responde o processo em liberdade, sob alegação de que teria bons antecedentes.
Hugleice da Silva, no entanto, voltou a ser preso no dia 22 deste mês, por tentativa de feminicídio contra a mulher, Mayara Bianca Barbosa Rodrigues, 29, ocorrida no último domingo (18).