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Polícia

31/01/2023 17:21

Empresários somem com meio milhão de reais de formandos de Medicina da UFMS

Empresário e empresa são de Santa Catarina e já têm várias queixas no País

Empresário Ricardo do Prado Aguiar, de Santa Catarina, e um sócio dele, sumiram com cerca de R$ 578 mil, pagos por uma comissão de formandos de Medicina, da UFMS, em Campo Grande. Os valores eram depositados pelos estudantes, a fim de bancar festas e outros eventos relacionados à conclusão da graduação. 

Conforme o TopMídiaNews apurou, os estudantes da Turma LI 2018-2023, contrataram um advogado e foram à Delegacia Especializada na Repressão aos Crimes de Defraudações Fazendárias, a DEDFAZ, pedir abertura de inquérito. O mesmo pedido foi feito ao Ministério Público Estadual. 

No pedido à polícia, consta que Ricardo é sócioadministrador da Brave Brazil, contratada para executar todos os eventos referentes à formatura da Turma. É a empresa que iria gerir os valores e contratar os fornecedores para os festejos. 

Calote

No início de janeiro deste ano, integrantes da Turma de Medicina souberam que o empresário não realizou o baile de formatura de graduandos de Medicina da Unicesumar, em Maringa (PR), sendo que o caso foi parar na Justiça.  

Ainda conforme detalhado à polícia, ao saber do calote em outra universidade, a presidente da comissão de formandos da UFMS, verificou o andamento do contrato com Ricardo, o sócio e a Brave Brazil. Ao consultar o extrato da conta, foi surpreendida ao ver que, em vez de R$ 578.644,37, juntado pelos futuros medicos, havia somente R$ 36 mil. 

Além disso, faltava assinatura do contrato referente ao espaço para a festa, que já havia sido autorizada pela comissão. Com o passar dos dias, o saldo reduziu para R$ 7 mil (na segunda-feira) e agora não há nada. 

O advogado que representa a comissão de formandos, Leonardo Avelino Duarte, detalhou que o grupo de estudantes está consternado. As primeiras medidas judiciais já foram tomadas por ele. 

''Já apresentamos uma medida cautelar de arresto de bens'', disse o professional, sobre bloquear bens da empresa e do empresário envolvidos. 

Avelino explicou também que conhece caso semelhante na UEMS e em mais dois estados. O defensor também contou que os suspeitos não atendem as ligações e podem ter agido em muitos outros locais. 

''Vamos anular o contrato, com certeza'', completou Duarte.

A presidente da Comissão chegou a agendar uma reunião com os envolvidos, para o dia 26 de janeiro, mas os dois não compareceram e não mais responderam as mensagens. 

Tentamos contato com os envolvidos, mas não tivemos resposta. O espaço segue aberto. 


  

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