O funcionário Maikon Lucas Matias, 22 anos, acusado de matar o comerciante Hugo Gonçalves Insabralde, 29 anos, era tratado como filho pela vítima, segundo a polícia. O crime ocorreu na madrugada desta terça-feira (4), em frente a uma conveniência na avenida Panamericana, bairro Danúbio Azul, em Campo Grande.
Responsável pela investigação, o delegado Ricardo Meirelles, titular da 3ª DP (Delegacia de Polícia) trabalha com a possibilidade de crime premeditado, mas não descarta outras linhas de investigação.
De acordo com ele, não houve consumo de bebida alcoólica ou uso de entorpecente no local e os “amigos” estavam reunidos desde às 15h. O autor ainda tentou manter a vítima ocupada, com o convite para um churrasco, mas não conseguiu.
"Não houve uma discussão, foi uma ação orquestrada e o autor já tinha a intenção e escolheu o melhor momento", enfatiza Meirelles.
O delegado recebeu as imagens da câmera de segurança da conveniência e conta que se impressionou com a brutalidade do funcionário, que desferiu vários golpes com tacos e faca, além dos tiros.
Casa, emprego e transporte
A princípio, conforme o depoimento das testemunhas, a impressão que fica é que a vítima era um pai para o autor. Cedia moradia, dava emprego e locomoção há cerca de 5 meses. Há uma suspeita de desvio de caixa e Hugo teria dito a familiares que pediria o carro e tiraria o rapaz do comércio.
De acordo com o delegado, fazia duas semanas que o acusado estava morando no local da conveniência. Uma das linhas de investigação é que, com medo de perder o emprego, o autor cometeu o crime.
Reconstituição
Antes do homicídio, Hugo e amigos estavam na conveniência conversando, quando Maikon chegou e até brincou com as outras pessoas, evitando demonstrar suas intenções.
Minutos depois, o empresário disse que iria embora, momento oportuno em que o suspeito sacou a arma e disparou contra a vítima.
As pessoas próximas a Hugo destacam que o empresário era cheio de sonhos e vivia o melhor momento da vida.