O empresário acusado de maltratar uma funcionária gestante, na tarde de ontem (15), em Campo Grande, disse ao TopMídiaNews que a funcionária responsável pela denúncia começou a ter comportamentos agressivos e demonstra que quer demissão da loja localizada na Rua 26 de Agosto.
O homem de 54 anos, que terá o nome preservado, afirma que a funcionária, assim como os demais, recebe ticket alimentação para almoçar fora do estabelecimento, mas insiste em levar marmita.
“Desde a contratação, falamos que não tem como trazer marmita, que não tem espaço aqui na loja para armazenar comida. Ela sabe disso, mas agora que está gestante, começou a fazer isso. Expliquei para ela ontem que não pode, os funcionários têm uma hora de almoço para sair para almoçar, tem o vale alimentação, ela recebe como todos os outros funcionários”, diz o dono da loja.
Ele destaca que tem outra funcionária gestante, que está desempenhando as atividades normalmente.
“Minha outra funcionária vai ganhar neném agora em abril. Ela está trabalhando normal, pega o vale, almoça no restaurante. Essa menina da denúncia, ela saiu ontem daqui fazendo ameaças, dizendo que eu ia pagar tudo que estava fazendo com ela, porque eu orientei que não pode trazer marmita. Talvez ela esteja com problemas financeiros e usa o dinheiro do vale alimentação, só que aqui não tem como armazenar comida e ela sabe disso”, diz o proprietário.
Sobre os funcionários permanecerem em pé durante todo o dia, ele alega que, de acordo com o contrato, cada funcionário tem intervalo de dez minutos.
“A movimentação na loja é intensa, eles não sentam como em outras lojas do centro. Cada um tem dez minutos de descanso na salinha, tem esse intervalo para comer se quiserem. Infelizmente ela está me acusando injustamente, por algo que é igual para todos. Ela saiu ontem na hora do almoço, não deu mais satisfação, não veio hoje”, diz o patrão.
Entenda o caso
Um gestante de 18 anos afirma que foi maltratada pelo patrão na manhã de ontem (15), sendo obrigada a ficar o dia todo em pé e sentar apenas por dez minutos dentro de uma loja na Rua 26 de Agosto, no Centro de Campo Grande.
Segundo o registro policial, ela disse que trabalha no local há cinco meses e está grávida de três meses.
Ela contou que foi esquentar o almoço, mas o patrão, P. R., disse que ela não poderia utilizar sua geladeira, nem o micro-ondas.
A mulher pediu para sentar quando não tivesse cliente na loja, mas o homem disse que ela poderia sentar apenas dez minutos na loja.
Ele tirou a cadeira do estabelecimento. A vítima deixou o local e registrou o caso na Deam (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher).