Quatro criminosos entraram em confronto com a Polícia Militar e Batalhão de Choque e morreram em Campo Grande e Três Lagoas em menos de 48 horas.
O primeiro caso aconteceu nas primeiras horas da manhã de quarta-feira (8), quando Adriano Júnior Ferreira da Luz, 20 anos, entrou em confronto com o Batalhão de Choque no Jardim Canguru, em Campo Grande. O rapaz e um comparsa tentaram matar um rapaz na Vila Nhanhá horas antes.
Ainda na noite de quarta-feira, Luana Bonini dos Santos e Luiz Henrique Ferreira Lima, 21 anos, foram mortos pela Polícia Militar em uma casa na Vila Guanabara, em Três Lagoas — distante 326 quilômetros da Capital. Os dois são suspeitos de tráfico de drogas e teriam tentado atirar contra a equipe.
Conforme o boletim de ocorrência, uma viatura fazia ronda ostensiva na Rua Manoel Antonio Jeremias, quando viu Luana sentada em frente a residência. Ela arremessou um embrulho de cocaína ao lado do imóvel.
A atitude levantou suspeitas e ela foi abordada. No entanto, a mulher correu para dentro de casa e foi perseguida pelos policiais. Na sala, ela teria feito menção de tirar um objeto da cintura e foi ordenada a soltar. Porém, diz a PM, ela manteve a postura e, por isso, foi baleada.
No mesmo instante da abordagem de Luana, outro PM deu a volta por trás da casa e se deparou com Luiz Henrique, armado. Ele recebeu ordem para se render, mas não acatou e também foi atingido pelos tiros da polícia. Os dois foram socorridos até o Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, mas não resistiram.
Facção
A casa onde o casal foi baleado seria um ponto de apoio de uma facção criminosa, criada em São Paulo. Na manhã do mesmo dia, a casa havia sido alvo de ação policial, mas a moradora fugiu pelos fundos.
A quarta morte foi registrada na noite de ontem (9) quando Diego Botelho Rodrigues, de 37 anos, mais conhecido como “alemão”, morreu no Aero Rancho ao entrar em confronto com equipes do Choque.
Conforme informações da ocorrência, uma equipe fazia rondas pelas ruas do bairro, quando avistou um veículo VW/Gol saindo de uma rua conhecida por ter pequenos traficantes.
Os militares decidiram acompanhar o veículo e, em certo momento, tentaram realizar abordagem. Inicialmente, o motorista não parou o automóvel, mas, instantes depois, acatou a ordem.
Entretanto, o acusado não quis descer do veículo. Após diversas ordens, Diego decidiu desembarcar do carro com as mãos para o alto, mas, segundo os policiais, ele abaixou as mãos até a cintura e sacou um revólver.
Diante da situação, os policiais atiraram contra o acusado, que caiu ferido ao chão. Foi acionado o socorro de equipes do Corpo de Bombeiros, que resgataram o homem até o Hospital Regional.
Devido os graves ferimentos, ele não resistiu. A perícia foi acionada e, no local do ocorrido, foram encontrados um revólver calibre 38, e um tablete com substância análoga à cocaína.
Diego possuía diversas passagens pela polícia. Entre uma delas, ele é suspeito de participar da morte de um policial militar em 2007.