Diante da pandemia do novo coronavírus, houve aumento no número de feminicídios em Mato Grosso do Sul e também em Campo Grande. Conforme informações repassadas pela Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), até o momento, 11 casos foram registrados na Capital e 31 no Estado.
As informações foram divulgadas durante coletiva de imprensa, nesta sexta-feira (11), para tratar de dois casos de feminicídios ocorridos nas últimas semanas. De todas as 11 vítimas da Capital, apenas 3 haviam solicitados medidas protetivas.
A delegada Maíra Pacheco Machado detalhou sobre o caso Dulci da Silva Martinelle, 80 anos, morta no bairro Tarsila do Amaral.
Conforme as investigações, diferente do noticiado, Dulci não foi esfaqueada pelo marido, Vicente Mendes de Campos, 76 anos, antes de ter a casa incendiada. Ele está preso preventivamente, indiciado por incêndio qualificado e feminicídio.
Já no caso do feminicídio de Fabiana Lopes dos Santos, 37 anos, a delegada Anne Karine informou que a vítima optou pelo divórcio em 2018 e, desde então, nem ela e nem a família tinha interesse em manter contato.
Wantuir Sonchini da Silva, 43 anos, que estava detido desde 2018 e havia sido colocado em liberdade no mês de setembro de 2020, foi condenado pelo assassinato da ex-sogra Alzair Bernardo Lopes.
Após ser colocado em liberdade, ele procurou Fabiana para tentar reatar e o resultado foi a morte trágica da mulher no dia 4 de dezembro, no Bairro Parque do Lageado, em Campo Grande.
Wantuir foi achado morto no dia 8 de dezembro em Ribas do Rio Pardo.