Com a participação de 16 investigadores, entre equipes da Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco e Resgate) e peritos, a Polícia Civil realizou, na manhã desta quarta-feira (26), a reconstituição da morte do casal Fátima e Cristóvão Silveira. Foram disponibilizadas quatro viaturas para o trabalho, que durou cerca de três horas.
Conduzindo os policiais, o caseiro Rivelino Mangelo admitiu que matou Fátima com dois golpes de faca no pescoço. Disse também que planejou o estupro, mas não teve conjunção carnal e "somente" passou as mãos nas partes íntimas da vítima, o que também é considerado abuso. O resultado da perícia sobre possível estupro ainda não está pronto.
O ex-vereador Cristóvão Silveira, segundo o assassino, foi morto com golpes de faca e facão. Nesta morte, Rivelino teve a ajuda do filho, Rogério Nunes Mangelo, e do sobrinho Diogo André dos Santos Almeida, 19 anos, que morreu durante troca de tiros com a polícia. Eles não teriam presenciado os possíveis abusos em Fátima, pois fugiram com a caminhonete do casal antes.
O caseiro ainda revelou que as mortes ocorreram no galpão de serviço, onde os corpos foram encontrados. Ele alega que tentou incendiar apenas o corpo da mulher, pois havia pouca gasolina. Além disso, também confessou que o crime foi premeditado, planejado uma semana antes.
Foto: Anna Gomes
Rogério também ajudou na reconstituição. Já Alberto Nunes Mangelo não foi levado para a chácara, pois não participou das mortes. Ele foi preso em Anastácio, pois abrigou os assassinos em sua residência, no Distrito de Camisão, e guardou os produtos do roubo, uma caminhonete e uma televisão, sendo que responderá por receptação e associação criminosa.
O quinto envolvido no crime, que está foragido, foi identificado apenas como Gabriel. Ele teria participado apenas da tentativa de levar o veículo para a Bolívia. Na reconstituição, a polícia realizou buscas por toda a chácara, passando, inclusive, pelos pontos onde a bolsa de Fátima e documentos pessoais das vítimas teriam sido jogados.