Após ser preso durante as investigações da Operação Antivírus, do Gaeco, o diretor-presidente do Detran/MS (Departamento Estadual de Trânsito), Gerson Claro Dino, pediu demissão do cargo nesta quinta-feira (31). Ele é investigado em esquema de favorecimento de empresas de informática, donas de contratos milionários com o poder público.
Apesar do pedido de exoneração, Gerson nega irregularidades nos contratos com as empresas investigadas. "A licitação feita pela equipe do governo, Detran, SGI e SAD está absolutamente dentro da legalidade. Fizemos contrato para realização de serviço mais barata de Mato Grosso do Sul".
Além dele, foram presos – e já liberados - o ex-deputado Ary Rigo, Jonas Schimidt das Neves, sócio da empresa DIGITHOBRASIL e seu secretário Claudinei Mastins Rômulo. Do Detran/MS, o diretor-adjunto Donizete Aparecido da Silva, o chefe de departamento Erico Mendonça, Diretor de Administração e Finanças, Celso Braz de Oliveira Santos, e Gerson Tomi, Diretor de Tecnologia.
Já entre os empresários foram presos José do Patrocínio Filho, Fernando Roger Daga e Anderson da Silva Campos, sócios e ex-sócio da empresa Pirâmide Informática e o servidor público Luiz Alberto de Oliveira Azevedo, servidor público estadual lotado na Secretaria de Governo do Estado de Mato Grosso do Sul.
Durante a operação os agentes apreenderam aproximadamente 95 mil reais em posse de um dos alvos, além de milhares de documentos, computadores, notebooks, tabletes, e celulares de todos os alvos.
A operação tem como foco apurar a existência de organização criminosa voltada à prática dos crimes de corrupção ativa e passiva, fraude em licitação, peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro, com investigação que teve início em 2015.