Breno Fernando Solon Borges, filho da desembargadora Tania Garcia Freitas Borges, conseguiu, durante o plantão judicial, ir para uma clínica de tratamento psiquiátrico. Ele, que foi pego com 130 quilos de maconha, munições de uso exclusivo das forças armadas, alegou por meio de sua defesa que seria doente e precisava se tratar de “Transtorno de Personalidade Borderline”.
A decisão judicial do desembargador José Ale Ahmad Netto contraria a Polícia Federal, já que este é o segundo mandado de prisão que Breno tem, pois além do tráfico, ele seria suspeito de participar do plano de resgate de um preso de alta periculosidade. O desembargador julgou o pedido da defesa assim que o documento entrou no sistema durante o plantão.
Preso em Três Lagoas desde o dia 8 de abril, Breno é filho da presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul, o que gerou grande polêmica, já que o primeiro pedido de transferência para uma clínica foi negado em primeira instância e depois foi concedido por um colega de corte de Tânia, o desembargador Ruy Celso Barbosa Florence. No entanto, quando ele iria sair para a clínica, um novo mandado de prisão havia sido expedido.
Nem isso foi suficiente para a Justiça de Mato Grosso do Sul, que suspendeu os dois mandados de prisão, mesmo com a gravidade dos crimes cometidos. O debate foi gerado, pois criminosos comuns e com delitos de menor gravidade não recebem o mesmo tratamento.