Cezário seria chefe do esquema na FFMS (Reprodução Esporte MS e Buda Mendes - Getty Imagens)
A defesa de Rudson Bogarim Barbosa destacou, nesta sexta-feira (24), que vai entrar com recurso para a libertação do cliente, preso na Operação Cartão Vermeho, do Gaeco, na terça-feira (21), em Campo Grande.
Segundo nota do escritório Buarque Gusmão, é injusto manter o cliente preso e o monitoramento por tornozeleira eletrônica ou outra cautelar seriam mais justas no momento ‘’para quem nunca esteve em estabelecimento prisional’’.
''... possui condições favoráveis para responder processo em liberdade conforme determina o ordenamento jurídico'', escreveram os advogados Pablo Arthur Buarque Gusmão e Renato Cavalcante Franco.
Os defensores também destacaram o conceito da presunção de inocência e que cabe ao poder estatal o ônus da prova. Rudson, conforme a FFMS, ocupava o cargo de gerente de Tecnologia da federação.
Federação foi alvo de busca e apreensão (Foto: Divulgação Gaeco)
Cartão Vermelho
Francisco Cezário, presidente da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul, foi preso na manhã de terça-feira (21) durante Operação Cartão Vermelho, deflagrada pelo Gaeco em Campo Grande. Ele e mais seis suspeitos, entre eles Rudson Bogarim, são investigados pelo desvio de cerca de R$ 6 milhões do Governo do MS e da CBF.
Segundo o MPE detalhou, os integrantes da quadrilha faziam saques frequentes nas contas da Federação em valores abaixo de R$ 5 mil a fim de não chamar atenção dos órgãos de controle. O valor era dividido entre os comparsas.
Nessa modalidade, diz o Gaeco os suspeitos fizeram mais de 1.200 saques, que renderam R$ 3 milhões.
Hoteis
Ainda conforme divulgado, a quadrilha da FFMS também tinha esquema de desvio de diárias de hotéis pagos pelo Governo do MS em jogos do Campeonato Estadual. O modus operandi, diz a investigação, se estendia a outros estabelecimentos, sendo que os membros recebiam de volta parte do dinheiro de serviços e produtos contratados pela FFMS.
Equipes da PM deram apoio operacional ao GAECO. A operação contou também com a participação de representantes da Comissão de Defesa e Assistência das Prerrogativas dos Advogados de Seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil.
Até o momento foram apreendidos mais de 800 mil reais. Os advogados de Cezário disseram que "nessa fase qualquer investigação é sempre unilateral; logo ela será submetida ao necessário contraditório; devemos aguardar os esclarecimentos, que serão prestados, oportunamente".
O espaço está aberto aos demais citados.