Diferente de outros julgamentos, colegas do Policial Rodoviário Federal Ricardo Hyiun Su Moon, acusado de matar o empresário Adriano Correia do Nascimento com dois tiros no peito, puderam participar da audiência usando camisetas contendo frases ‘Força Moon’ e ‘Estamos com você’.
O fato chamou atenção, pois durante o julgamento de Luís Alberto Bastos Barbosa, aqueles que foram acompanhar de perto a audiência foram impedidos de usar camiseta em homenagem a Mayara Amaral, morta com golpes de martelo na cabeça dentro de um motel em Campo Grande.
Segundo o juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, isso varia conforme o entendimento do magistrado atuante no caso, que avalia as circunstâncias de cada manifestação.
“Vai do entendimento de cada juiz. Permiti por ser uma manifestação silenciosa. Hoje cedo, no início do julgamento, orientei que se tivesse algum tipo de manifestação [verbal], a pessoa seria retirada imediatamente. Até mãe de vítima já saiu presa por não cumprir a determinação”, ressaltou.
A indignação dos presentes decorreu do fato que a intenção no julgamento de Luís Alberto era de demonstrar apoio à vítima. Já no caso de Moon, os participantes mostravam apoio para o acusado, que alega legítima defesa no assassinato.
Ricardo Moon teve apoio de colegas da PRF - Foto: Wesley Ortiz
Julgamento adiado
Independente da polêmica sobre as manifestações organizadas, o julgamento de Ricardo Moon foi adiado para 30 de maio, às 8h, no Plenário do Tribunal do Júri. A sessão será iniciada a partir do zero, pois houve "dissolução do conselho". Isso significa que o fato de um jurado ter passado mal prejudica a avaliação do conjunto.
O juiz explica que, apesar de serem chamadas 25 pessoas para participar do julgamento, no início apenas 7 permanecem. Assim, com uma pessoa fora da audiência, seria impossível dar sequência ao julgamento. Além disto, na separação do júri, acusação e defesa podem dispensar até três jurados, seguindo a linha que achar necessária.
Abaixo vídeo da manifestação de colegas do PRF na manhã de hoje: