Devanir Paltanin, 46 anos, assassinado na madrugada da última quinta-feira (24) pode ter sido vítima de um possível crime de ódio na Vila Romana, nas proximidades do Núcleo Industrial, em Campo Grande.
O autor permanece escondido e pretende se apresentar ainda nesta semana à polícia na presença do advogado.
A vítima morava na cidade há bastante tempo, mas não tinha família morando em Campo Grande. Uma das irmãs mora em Naviraí, enquanto o restante da família é do estado do Paraná.
A casa onde tudo aconteceu pertence a Carlos Roberto Silva Strogueia, 24 anos, principal suspeito de ter cometido o crime contra a vítima, que era homossexual. O autor trabalha como segurança em um barzinho da cidade.
O cenário era de muita bagunça e há indícios de que a vítima tenha sido morta com muita crueldade, pois o corpo tinha várias marcas de perfurações, causadas pelo cutelo, arma usada por Carlos para assassinar Devanir.
As informações foram passadas pela delegada Franciele Candotti, da 7° Delegacia de Polícia Civil. Para o TopMídiaNews, ela afirmou que ainda depende de novos elementos, como ouvir testemunhas e novos indícios, para pedir a prisão preventiva do autor.
A delegada explicou que a polícia ficou sabendo da morte na tarde da última sexta-feira (25) e que desde então tem trabalhado para ouvir testemunhas. Porém, ressaltou que o cenário era muito caótico, por várias roupas e objetos estarem espalhados pela casa, além de muitas manchas de sangue.
Nas investigações, a delegada notou que poderia ter tido uma luta entre autor e vítima. O corpo da vítima foi encontrado na sala da residência ao lado de um colchão.
Quem 'denunciou' o caso foi o próprio pai do autor. Candotti relatou que Carlos disse que tinha brigado com um indivíduo e chegou em casa bastante transtornado, mas que em nenhum momento havia falado sobre a morte de uma pessoa. Desconfiado, o familiar decidiu procurar a polícia, pois não teve mais contato com o filho.
Mais sobre o autor
Ainda de acordo com o pai, o filho estava aparentemente sob efeito de drogas e não queria ir ao médico.
Durante a investigação, ficou "evidenciado" que o autor usava drogas, enquanto a vítima não recorria a produtos ilícitos. No local onde o corpo foi encontrado, também tinha um cachimbo para o consumo de drogas e uma embalagem de preservativo aberta, mas sem o produto.
Mesmo consumindo drogas, o autor tinha um perfil considerado discreto, não causava problemas e a casa em si era considerado muito segura, pois tinha um muro alto e bem protegida.
O caso foi registrado na 7° Delegacia de Polícia Civil como homicídio qualificado com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso.