George Edilton Dantas Gomes, João Vitor de Souza Mendes, Nicollas Inácio Souza da Silva, Rafael Mendes de Souza e Kleverton Bibiano Apolinário da Silva, sofreram nova derrota na justiça ao tentarem conquistar o direito de responder o processo da morte de dois adolescentes em liberdade, em Campo Grande.

Eles são acusados de tentarem matar Pedro Henrique Silva Rodrigues, mas os disparos efetuados por Nicollas e João Vitor de Souza, acabaram atingindo os adolescentes Silas Ortiz Grizahay e de Aysla Carolina de Oliveira Neitzke, ambos de 13 anos, e causaram a morte de ambos.

O advogado de George entrou com um pedido de habeas corpus para ele pudesse responder o processo em liberdade, com os demais acusados interessados na mesma ação, alegando diversos motivos, inclusive que o motorista de aplicativo ajudou a polícia em todos os sentidos, no depoimento e que só foi inserido na ação por conta do depoimento de Nicollas.

A defesa também alega constrangimento ilegal. O desembargador Zaloar Murat Martins de Souza indeferiu o pedido no dia 8 de janeiro deste ano, apontando que outro habeas corpus impetrado já havia negado, "e muito embora aquela análise tenha sido em momento inicial, revela, de outro lado, a ausência de ilegalidade e, por consequência, não justifica a concessão da liminar".

Com o pedido negado, George e João interpuseram um recurso em sentido estrito com intuito de 'atrasar' o julgamento, para terem prazos suficientes para a apresentação de razões recursais. Nicollas e Kleverton também sinalizaram com a intenção de recorrer ao julgamento, e por isso, as defesas dos dois réus para também apresentarem as razões recursais.

O caso aconteceu envolvendo o detento Kleverton, que cumpre pena por roubo, que tinha uma rixa com Pedro Henrique, alvo do grupo, que acabou ferido e conseguiu fugir do atentado. A briga em questão seria justamente por pontos ligados a venda de trocas na região do Jardim das Hortências, que também liga ao bairro Aero Rancho, dominado por uma facção criminosa atuante em várias áreas de Campo Grande, mas também de Mato Grosso do Sul.

Na investigação da Polícia Civil, Rafael Mendes de Souza, teria 'alugado' a casa para que os membros desse grupo se reunissem e arquitetassem o plano, enquanto Nicollas Inacio Souza da Silva é quem pilotava a motocicleta, que era produto de roubo, acompanhado de João Vitor que efetuou os disparos. George Edilton Dantas Gomes, envolvido no grupo criminoso, atuou como motorista de aplicativo, dando fuga para os dois indivíduos que cometeram o crime.