O ex-secretário de Estado de Obras Edson Giroto, o cunhado dele Flávio e o ex-deputado estadual Wilson Roberto Mariano, se entregaram à Polícia Federal por volta das 15h da tarde desta terça-feira (8). O três foram detidos por determinação do STF (Supremo Tribunal Federal), corte que derrubou a liminar que os livravam da prisão, em março deste ano.

Os encarcerados foram denunciados por suposta participação num esquema de corrupção, desvio de dinheiro, superfaturamento de obras e fraudes em licitação.

Giroto chegou na sede da PF com um colchonete e cobertor embaixo do braço. Beto sem nada na mão e Flávio Schrocchio, segurando uma mala pequena.

O ex-secretário de Obras, também ex-deputado federal Giroto, foi o único a conversar com a imprensa. Aparentemente calmo, mas com semblante triste, ele disse: "trabalhei tanto na minha vida e não esperava passar por isso. Mas, a justiça de Deus e dos homens, com certeza vão me julgar em se eu for culpado, vou pagar".

Giroto, que antes de entrar no prédio da superintendência da Polícia Federal, na Vila Sobrinho, pediu um cigarro a Beto Mariano, deu o trago e jogou o tabaco fora, afirmou acreditar em sua inocência.

"Mas tenho certeza do que fiz e do momento político que o país está vivendo", afirmou o ex-parlamentar.

A PF espera que a rendição ainda nesta terça-feira de outras cinco pessoas, entre as quais o empreiro João Amorim, uma das filhas dele a mulher de Giroto e a filha de Beto Mariano.