O indígena Reginaldo Vilhalva, 53, suspeito de matar um adolescente de 14 anos ao energizar a cerca da propriedade, na aldeia Bororó, foi solto pela justiça, nesta quarta-feira (21), em Dourados. Assim como o menor, ele também é indígena e recebeu o benefício em audiência de custódia.
Reginaldo estava preso em uma das celas do 1º distrito policial de Dourados. Apesar do Ministério Público Estadual pedir para que a prisão em flagrante fosse convertida em preventiva, o juiz alegou que a soltura dele não deve prejudicar as investigações, que é réu primário, além de ter endereço e trabalho fixos.
Como medidas cautelares, o indígena terá de se apresentar à justiça mensalmente, ficar em casa à noite e aos finais de semana, não se ausentar da cidade sem autorização e não poder frequentar lugares públicos como boates, bares e restaurantes.
Menor morreu ao tocar em cerca energizada de propósito. (Foto: Osvaldo Duarte)
O crime
Cansado de sucessivos furtos na propriedade onde mora, na aldeia Bororó, Vilhalva resolveu energizar a cerca de arame. Porém, na manhã dessa terça-feira, Leandro tocou na cerca e recebeu uma descarga elétrica, que o matou na hora.
De acordo com o suspeito, a cerca era energizada por volta de 13h, quando ele se deslocava para o trabalho e desligada quando retornava, às 5h do dia seguinte.