A cela na Penitenciária Nacional de Tacumbú, em Assunção, capital do Paraguai e local que abrigava o narcotraficante brasileiro Jarvis Ximenez Pavão, preso desde 2008 por tráfico internacional de drogas, foi demolida na segunda-feira (08). Ele é apontado em ter encomendado a morte do também narcotraficante Jorge Rafaat Toumani, no dia 15 de julho, em Pedro Juan Caballeiro, durante uma emboscada.
As informações são do jornal ABC Color, que esteve visitando o local durante os trabalhos da polícia do país vizinho.
A destruição aconteceu dias após o preso ser transferido e divulgada a vida de luxo que o narcotraficante tinha, com a cela equipada com ar-condicionado, coleção de chuteira, móveis planejados e o ambiente decorado.
Jornalistas do site ABC Color, estiveram visitando a cela no dia 27 de julho, um dia após Pavão ter sido transferido para um quartel da Polícia Nacional.
A mudança se deu com a descoberta de um plano para sua fuga, que envolvia a explosão do muro do presídio com dinamite. A visita do site se deu a divulgação da vida de luxo que o preso tinha, em relação aos demais internos do local.
Com a demolição foram descobertas outras 21 celas ‘diferenciadas’. Ao todo foram demolidas 22 celas consideradas ‘Vip’ ou de ‘luxo’, dentro da penitenciária Tacumbú, de acordo informações dos promotores e fiscais Igor Cáceres e Pamella Perez.
Foram usadas ferramentas manuais, em local que abriga interno de alta periculosidade.
O setor destruído, segundo informações do site, eram escritórios administrativos da prisão, no entanto o local foi destinado para presos com grande poder econômico e rumores fazem supor que pagavam um alto "aluguel" para permanecerem no local.
Segundo o site, os trabalhos foram realizados mesmo sem autorização do Ministério da Justiça, assim como não houve planos e estudos técnicos, para garantir a segurança e estabilidade do trabalho.
Após a demolição das celas, será analisado ainda se há mais locais irregulares dentro da penitenciária, se localizados serão destruídos.
Sobre as regalias
Depois de tomar posse, o diretor Luis Villagra, havia pedido tempo para identificar a quantidade de presos e quem seriam os que tinha cela ‘vip’, porém duas semana se passaram e nada foi repassado a justiça.
O Ministério Público está analisando informações colhidas de presos e também agentes penitenciários durante a investigação e assim saber ao certo como elas foram construídas na unidade penal.