A polícia investiga qual foi o detalhe fatal que causou a morte de Gabrielly Ximenes Souza, 10 anos, na manhã desta quinta-feira (6). A menina morreu durante cirurgia na Santa Casa, sete dias após agredida por outra de nove anos na Escola Estadual Lino Villachá, em Campo Grande.
Conforme a delegada Fernanda Félix, titular na Deaji (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude), se trata de uma fatalidade após briga entre as crianças. “A morte foi decorrente do procedimento cirúrgico, por tromboembolismo, ela sofreu quatro paradas cardíacas”, diz, avaliando que o que é apurado no momento é a razão dela não ter resistido à cirurgia.
A delegada relata que houve participação única da menina de nove anos nas agressões, e outras duas de 14 teriam apenas assistido à briga. A menina mais nova teria desferido dois golpes fortes de mochila contra Gabrielly, na região direita do quadril.
Com fortes dores e caída no chão, a menina logo foi atendida pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência e Emergência). Conforme assessoria de imprensa da Santa Casa, ela já havia sido atendida no local no dia do acontecido, e relatou dores na região lombar e na cabeça.
Gabriela retornou ontem (5) ao local, com febre e sem conseguir se manter de pé. Outros exames foram realizados e a menina diagnosticada com artrite séptica, infecção no líquido e tecidos de uma articulação, geralmente causada por bactérias, mas ocasionalmente por vírus ou fungos.
Ainda segundo a delegada responsável pelo caso, a família de Gabrielly afirmou que ela não sofria de nenhum problema de saúde anterior às agressões. A polícia mantém outros detalhes sobre a investigação em sigilo.